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Metade da população mundial não tem acesso a um vaso sanitário adequado

Cerca de 3,6 bi de pessoas não desfrutam um sistema de saneamento básico, o que leva a doenças como cólera

Internacional|

ONU está construindo locais adequados para evacuar e urinar no continente africano
ONU está construindo locais adequados para evacuar e urinar no continente africano ONU está construindo locais adequados para evacuar e urinar no continente africano

A ONU emitiu um relatório no qual informou que quase metade da população mundial, concretamente 3,6 bilhões de pessoas, não tem acesso a um vaso sanitário em condições adequadas, ou mesmo em qualquer condição, em estudo divulgado por ocasião do Dia Mundial do Vaso Sanitário, que será lembrado neste sábado (19).

O custo de não ter sistemas de saneamento de água, dos quais o vaso sanitário é o principal símbolo, tem um impacto ambiental maior do que todo o sistema de transporte do mundo, explicou em coletiva de imprensa Johannes Cullmann, vice-presidente da ONU para o Meio Ambiente, mas infelizmente é um dos fatores mais invisíveis da poluição global.

Por essa razão, neste ano o mote deste Dia Mundial do Vaso Sanitário — instituído em 2013 — será "tornar o invisível visível", e começa por explicar o impacto que a falta de saneamento tem nas águas subterrâneas, que constituem 30% da água doce potável no mundo: quando a água usada e suja é descarregada diretamente no solo, contamina imediatamente o lençol freático de onde provém a água potável.

Além disso, lamentou Cullmann, as regiões do mundo com saneamento precário são aquelas aonde a imprensa não vai, e isso influencia o fato de o saneamento ser um dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) que mais estão atrasados atualmente.

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Segundo ele, mesmo em países sujeitos a conflitos armados, a falta de água potável e de higiene em geral mata mais do que as próprias armas, como ficou demonstrado na República Democrática do Congo e na Somália, onde o consumo de água suja se traduz imediatamente em diarreias e surtos mortais de cólera ou febre tifoide.

Como é sempre lembrado nessas datas, as mulheres e as crianças são os principais afetados pela falta de saneamento. Para resolver esse problema específico, "não é preciso tecnologia: é preciso tomar decisões políticas", afirmou o vice-presidente da ONU para o Meio Ambiente.

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Depois de Cullmann, tomou a palavra Ann Thomas, do programa Wash (lavar, em tradução livre), da Unicef, que ressaltou que o saneamento "não vende" e por isso não costuma estar no topo das prioridades dos políticos, o que justifica a celebração de datas como a de sábado, precisamente para aumentar a consciência global.

Embora o financiamento esteja atrasado, Thomas disse estar confiante de que até 2030 a taxa da população com acesso a um vaso sanitário aumentará para 70%.

Como era costume nos anos anteriores à pandemia, a sede das Nações Unidas em Nova York vai amanhecer no domingo com a instalação de um vaso sanitário inflável gigante para chamar atenção para esse problema, que afeta quase exclusivamente os países pobres.

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