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Milhares de filipinas protestam nas ruas contra o 'misógino' Duterte

Grupo feminista destacou que os casos de violência e abuso sexual contra a mulher cresceram 153% durante o governo de Duterte, que começou em 2016

Internacional|Da EFE

Cerca de 8 mil mulheres foram as ruas
Cerca de 8 mil mulheres foram as ruas Cerca de 8 mil mulheres foram as ruas

Milhares de mulheres foram para as ruas nas Filipinas, nesta sexta-feira (8), no Dia Internacional da Mulher para protestar contra as políticas "neoliberais" e "macho-fascistas" do presidente do país, Rodrigo Duterte, a quem chamaram de "misógino".

"Duterte é a misoginia personificada, não só ataca como também faz ameaças contra as mulheres. Infelizmente suas palavras influenciaram alguns agentes das forças de segurança, responsáveis por abusos a mulheres", declarou a secretária-geral do grupo feminista Gabriela, Joms Salvador, à agência EFE.

A ativista denunciou que os casos de violência e abuso sexual contra a mulher cresceram 153% durante o governo de Duterte — que começou em julho de 2016 — em relação à média registrada na década anterior a seu mandato.

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"Suas palavras não são apenas retórica vazia ou brincadeiras sem importância, mas se transformam em uma realidade que obriga as mulheres filipinas a enfrentarem situações mais difíceis de violência e opressão sexual", explicou Joms.

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A ativista foi uma das mulheres que liderou a manifestação que percorreu várias avenidas de Manila, e da qual participaram cerca de 8 mil mulheres, segundo os grupos organizadores.

O Centro de Recursos para a Mulher — um dos grupos que convocou a manifestação junto com o Gabriela — denunciou que, desde que Duterte assumiu a presidência, há 59 policiais envolvidos em 35 casos de violência contra a mulher, entre eles 18 estupros.

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"As mulheres nas Filipinas têm que enfrentar de maneira incessante os ataques misóginos e sexistas de Duterte e de seus seguidores", lamentou a diretora desse centro, Jojo Guan.

As manifestantes também protestaram contra as políticas "autoritárias" e "neoliberais" do governo de Duterte, como a guerra contra as drogas — que já fez cerca de 20 mil vítimas —, a lei marcial em Mindanao, e a reforma tributária TRAIN, que "empobrece as classes mais desfavorecidas".

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"Para a mulher rural o principal problema é a falta de terra, isso nos torna mais pobres, junto com outras políticas do governo como o teto para o preço do arroz", lamentou Cathy Estavillo, porta-voz da organização de mulheres camponesas Bantay Bigas.

Em comunicado por causa do Dia da Mulher, Duterte pediu hoje o "apoio ao seu empoderamento" e "à superação das brechas e desafios na busca da igualdade de gênero".

No entanto o líder é conhecido pelos seus comentários machistas, como quando afirmou que prefere homens no seu gabinete, beijou uma mulher à força em um ato político, encorajou militares a atirarem na "vagina" de guerrilheiras ou ofereceu "42 virgens" por turista.

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