A Justiça da Guatemala condenou nesta quarta-feira (21) o militar da reserva Santos López Alonso a 5.130 anos de prisão pelo massacre de 171 pessoas no vilarejo de Dos Erres, no norte do país, ocorrido em 1982.
López Alonso vivia nos Estados Unidos e foi deportado em 2016, após ficar preso por seis anos por problemas com o departamento de imigração local. A operação que terminou com os assassinatos tinha o objetivo de recuperar armamento roubado por guerrilheiros de esquerda das Forças Armadas Rebeldes (Far), durante a Guerra Civil do país (1960-1996).
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Santos López Alonzo pertencia a uma tropa de elite chamada "Kailabiles", que foi responsabilizada pelo ataque. O militar foi condenado a 30 anos de prisão por cada vítima fatal, o que totaliza 5.130 anos.
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A legislação local prevê, no entanto, que o prazo máximo de prisão para criminosos seja de 50 anos. O tribunal considerou López Alonso, que tem 66 anos, culpado por crimes contra a humanidade, estupros, sequestro e adoção ilegal uma criança que tinha 5 anos na época, filha de uma das vítimas do ataque.
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De acordo com uma Comissão da Verdade formada pela Organizações das Nações Unidas (ONU), por volta de 200 mil pessoas foram mortas e outras 45 mil desapareceram durante a Guerra Civil da Guatemala.
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