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Moradores do Complexo do Alemão realizam ato pela paz após morte de menino

Internacional|Do R7

(Atualiza com declarações de mãe do menor). Rio de Janeiro, 4 abr (EFE).- Os moradores do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, voltaram a protestar neste sábado, pedindo paz e também voltando a cobrar explicações pela morte do menino Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, que aconteceu na noite de quinta-feira. Diferente do que aconteceu ontem, em que a polícia usou spray de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar o grupo que foi às ruas, desta vez os agentes de segurança acompanharam o ato, evitando entrar em confronto. A mãe de Eduardo, Terezinha Maria de Jesus, pediu para que a Polícia Militar deixe o Complexo do Alemão. "Quero que essa polícia pacificadora seja arrancada daqui imediatamente, porque eles estão matando os inocentes... essa polícia assassina que tirou a vida do meu filho. Esses covardes". "Quero que todo mundo ajude a tirar essa polícia daqui. Antes deles não existiam essas coisas. Um assassino desgraçado tirou a vida do meu filho", disse a mãe de Eduardo, que assegurou que o menor foi morto porque um dos agentes pensou que o telefone celular que estava com o menino fosse uma arma. Após dar as declarações, Terezinha se desesperou quando uma viatura passou pelo local, lançou objetos - como seu telefone celular - em direção ao veículo e não parava de gritar: "assassinos, assassinos". Desde quinta-feira, quando Eduardo foi baleado e morto quando estava na porta de casa, os moradores do Alemão têm protestado. Além do menino de 10 anos, mais dois jovens morreram durante operação policial no conjunto de favelas. O comando da Polícia Militar fluminense já apreendeu as armas de todos os homens que participaram da ação de quinta à noite, para fazer exames de balística, afim de saber se de uma delas saiu a bala que atingiu o menor. O governador Luiz Fernando Pezão se manifestou lamentando o morte do menino, mas voltou a reiterar a necessidade da ocupação policial no Alemão. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, se solidarizou com as famílias das vítimas, e cobrou que as mortes sejam esclarecidas. O Complexo do Alemão conta com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) desde 2010. Recentemente, ataques aos quartéis policiais instalados na região foram registrados pelas autoridades do estado. EFE wgm/bg/cs (foto)

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