O prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, anunciou nesta terça-feira (10) uma série de novas medidas que, sem significarem um confinamento total da capital russa, restringem consideravelmente o funcionamento das instituições de ensino e serviços devido ao aumento considerável de casos de covid-19.
"Nas condições atuais, as medidas existentes de contenção do coronavírus são insuficientes. É necessário implementar limitações adicionais a fim de quebrar as cadeias de transmissão do vírus e reduzir ao máximo as taxas de infecção", anunciou o prefeito em seu blog.
Segundo Sobyanin, as medidas anunciadas entrarão em vigor na quinta-feira, 13 de novembro, e se estenderão por dois meses, até 15 de janeiro de 2021.
O governante constatou o aumento significativo nos casos de covid-19 que tem sido observado desde setembro e disse que durante dois meses e meio "uma verdadeira batalha está sendo travada contra esta doença, uma batalha pela saúde e pela vida dos moscovitas".
Sobyanin observou que até a semana passada as autoridades de Moscou consideravam a infecção "estabilizada em um nível elevado, no entanto, não era crítico".
"Mas, nos últimos dias, temos visto um crescimento considerável. Na segunda-feira, 9 de novembro de 2020, foram detectados 6.897 casos, um recorde durante toda a pandemia", argumentou.
De acordo com o prefeito, se um em cada cem testes era positivo em meados de agosto, no final de outubro essa taxa subiu para 5,8%, e depois para 7,5%.
"E, infelizmente, nas próximas semanas só esperamos que a situação piore", advertiu.
É por isso que os estudantes universitários e do ensino médio retomarão o ensino a distância e terão que ficar em casa o máximo de tempo possível e limitar as saídas à rua.
Serviços gastronômicos, assim como estabelecimentos noturnos, pistas de boliche e boates não poderão oferecer serviços à noite, das 23h às 6h.
Cinemas, teatros e casas de shows serão limitados a 25% da capacidade, e eventos esportivos só serão permitidos com a permissão do Departamento de Esportes da Cidade de Moscou e da diretoria do órgão de supervisão russo, Rospotrebnadzor.
As atividades culturais, de exposição e entretenimento com o público, também serão limitadas e deverão ser conduzidas, na medida do possível, em formatos virtuais.
Sobyanin insistiu que, ao contrário de outras ocasiões, quando medidas drásticas foram tomadas por curtos períodos de tempo, estas agora permanecerão em vigor por dois meses, uma medida que descreveu como "muito desagradável, mas inevitável", tendo em vista as férias de Ano Novo.