O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou à Agência Brasil que não há brasileiros entre as vítimas do sequestro coletivo na Argélia e os que estão nas áreas mais arriscadas no Mali. Nos dois países africanos, a comunidade brasileira não chega a cem pessoas.
No Mali, há um grupo de pouco mais de dez brasileiros, enquanto na Argélia o número sobe para 50, de acordo com as embaixadas em ambos os países.
Os conflitos no Mali se acentuaram nos últimos dias a partir do envio de tropas francesas para reforçar o apoio às forças armadas. O governo combate grupos extremistas islâmicos que dominam o Norte do país.
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Paralelamente, a situação se agravou com o sequestro coletivo de, pelo menos, 40 pessoas, inclusive franceses, britânicos e japoneses, na Argélia.
O grupo extremista, cujas traduções de seu nome variam entre Assinantes pelo Sangue, Luta contra o Sangue e Capuzes, é comandado pelo argelino Mokhtar Belmokhtar. Ele assumiu a autoria do sequestro coletivo, feito em reação à ação militar da França no Mali. Os reféns foram capturados na base para os trabalhadores que faz parte de um conjunto de empresas chamado de Sonatrach-BP-Statoil, In Amenas, a 1.300 km da fronteira da Argélia com a Líbia.
Há relatos não confirmados de fuga de reféns e de pessoas feridas. As autoridades argelinas não sabem dizer quantos estrangeiros permanecem em poder dos radicais islâmicos.