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Netanyahu propõe a Putin acordo para retirar forças iranianas da Síria

Primeiro-ministro se encontrou nesta quarta-feira com presidente russo e garantiu que não ameaçará Assad se Rússia trabalhar pela saída do Irã

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7, com agências

Encontro dos dois líderes têm sido frequentes
Encontro dos dois líderes têm sido frequentes Encontro dos dois líderes têm sido frequentes

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta quarta-feira (11), durante encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou, que poucas horas antes Israel abateu um drone vindo da Síria, que penetrou em seu espaço aéreo.

Mesmo sem a existência de vítimas, o incidente próximo da fronteira com a Síria serviu para ilustrar ainda mais o tema do diálogo entre os dois líderes: a exigência de que o Irã, e seu aliado Hezbollah, retire todas as suas forças da Síria.

Por outro lado, se isso ocorrer, ele garantiu que Israel não ameaçará o regime do presidente Bashar al-Assad.

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O primeiro-ministro não disse quem foi o responsável pelo lançamento do drone. A Reuters informou que o drone também sobrevoou a Jordânia e parecia estar desarmado, tendo sido projetado para vigilância. O equipamento foi derrubado perto do mar da Galiléia, no sopé das colinas de Golan, segundo o porta-voz militar israelense, tenente-coronel Jonathan Conricus.

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Neste sentido, o governo israelense também está atento às ações de Assad. Forças leais ao mandatário sírio têm se aproximado cada vez mais da fronteira com Israel, nas proximidades da reivindicada região do Golã, para combater os rebeldes. Parte da região foi conquistada por Israel em 1967, na Guerra dos Seis Dias, e é considerada estratégica para os dois países.

Mas, mesmo diante desta situação, o que preocupava mais Netanyahu era a presença do Irã. Momentos antes de viajar para Moscou, ele já havia adiantado ao enviado de Putin, Alexander Lavrentiev, e ao vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Vershinin, que Israel não irá tolerar forças iranianas em território da Síria.

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Na conversa com Putin, Netanyahu confirmou o que falara aos representantes e ainda garantiu que, caso a Rússia trabalhe para retirar as forças iranianas da Síria, não irá ameaçar o governo presidente Bashar al-Assad. Uma fonte que pediu anonimato, segundo à Reuters, relatou o que foi dito pelo primneiro-ministro. 

"Não tomaremos medidas contra o regime de Assad, e você vai tirar os iranianos."

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A Rússia é o principal suporte de Assad na guerra civil de 7 anos. Mas seu apoio a forças hostis a Israel tem sido amenizado com uma postura de diálogo com o governo de Netanyahu. Putin não tem reagido a ataques israelenses contra alvos iranianos e do Hezbollah na Síria, mesmo ressaltando que não quer ver o governo Assad ameaçado.

E tem mantido um canal aberto com Israel, mesmo fornecendo suporte aos sírios, com patrulhas de combate, radares e sistemas de defesa. Desde setembro de 2015, quando a Rússia passou a intervir diretamente na guerra, Putin tem se encontrado com frequência com Netanyahu.

Em agosto de 2017, o primeiro-ministro israelense explicou a um canal de TV de Israel a importância dessas reuniões, entre países que, ao longo da história, passaram por momentos de proximidade e de afastamento.

"Nos últimos anos costumo me encontrar com Vladimir Putin, em primeiro lugar, para garantir nossos interesses e segurança na nossa fronteira setentrional. Posso dizer que todas as negociações realizadas com ele, até hoje, serviram para beneficiar nossa segurança, nossos interesses, bem como, acredito eu, os interesses da Rússia."

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