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Nigerianos deixarão África do Sul após ataques xenofóbicos

Último surto de violência deixou dois mortos e cinco feridos, deixando em 10 o número de mortos desde que crimes começaram no último dia 1º

Internacional|Da EFE

Onda de violência deixa 10 mortos na África do Sul
Onda de violência deixa 10 mortos na África do Sul Onda de violência deixa 10 mortos na África do Sul

Pelo menos 640 nigerianos que vivem na África do Sul estão dispostos a deixar o país, após novos casos de distúrbios e saques com ares xenofóbicos ocorridos no último domingo (8), em Johanesburgo, informou nesta segunda-feira (9) a presidente da Comissão de Nigerianos na Diáspora, Abike Dabiri-Erewa.

O último surto de violência deixou dois mortos e cinco feridos, subindo para dez o número de pessoas que perderam suas vidas após o início dos distúrbios, no último dia 1º, quando comércios e lojas de estrangeiros, mas também de sul-africanos, foram atacadas.

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Em mensagem no jornal local The Punch, Dabiri-Erewa afirma que os estrangeiros deixarão a África do Sul pela companhia aérea nigeriana Air Peace em dois voos a partir da próxima quarta-feira.

Imagem negativa

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Por sua vez, o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, confirmou hoje em sua conta do Twitter o início desta repatriação voluntária e afirmou que a violência "poderia afetar negativamente a imagem e posição da África do Sul como um dos principais países da África".

"Planejamos o retorno voluntário imediato de todos os nigerianos na África do Sul dispostos a voltar aos seus lares. Eu instruí as agências relevantes a garantir que isso seja feito com rapidez e eficiência", garantiu Buhari.

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Pressão nigeriana

A Nigéria, um dos países cujos cidadãos radicados na África do Sul foram os mais afetados pelos saques e distúrbios, mostrou-se especialmente crítico com a situação e enviou na semana passada um representante do governo para analisar a crise com as autoridades sul-africanas.

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Buhari afirmou hoje ter recebido o relatório do enviado especial e disse que seguirá exercendo "pressão sobre o governo sul-africano para que tome medidas concretas e visíveis com o objetivo de parar a violência contra cidadãos de outras nações africanas".

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, voltou hoje a condenar os ataques e ressaltou que não permitirá que "a ilegalidade e a violência esporádica perturbem a segurança e os meios de vida de milhões de sul-africanos e da maioria dos estrangeiros no país que respeitam a lei e têm direito de viver e trabalhar em paz".

No entanto, a situação hoje permanece tranquila, segundo confirmou à Agência Efe, Wayne Minnaar, porta-voz da Polícia Metropolitana de Johanesburgo.

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