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Nova Zelândia cria comissão para investigar atentado a mesquitas

A investigação se centrará no que se podia ou devia ter sido feito para prevenir o ataque realizado por um terrorista de extrema-direita

Internacional|Da EFE

Ataque de extrema-direita deixou 50 mortos
Ataque de extrema-direita deixou 50 mortos Ataque de extrema-direita deixou 50 mortos

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, anunciou nesta segunda-feira (25) a criação de uma comissão real de investigação para analisar o papel dos corpos de segurança em relação ao atentado supremacista contra duas mesquitas na cidade de Christchurch, que deixou 50 mortos no dia 15 de março.

"Enquanto os neozelandeses e as comunidades muçulmanas de todo o mundo guardam luto e mostram sua compaixão, também se perguntam com toda a razão do mundo como foi possível que esse atentado terrorista ocorresse aqui", declarou Ardern em entrevista coletiva.

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A investigação se centrará no que se podia ou devia ter sido feito para prevenir o ataque realizado por um terrorista de extrema-direita.

A comissão também irá averiguar a atuação do Serviço de Inteligência e Segurança da Nova Zelândia (NZSIS, na sigla em inglês), o Escritório Governamental de Segurança nas Comunicações, a polícia, alfândegas, imigração e qualquer departamento relevante do Governo, acrescentou a primeira-ministra.

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A comissão real de investigação, que normalmente é reservada para os assuntos mais graves de importância pública, foi implementada no meio das duras críticas aos corpos de segurança e de inteligência por terem deixado de lado as atividades de pessoas e grupos de extrema direita.

Ardern, que anunciou no fim de semana que no dia 29 de março será organizado um ato público para render tributo às vítimas do massacre, antecipou que se reunirá com o representante da Microsoft, Brad Smith, para abordar o papel das redes sociais, devido à transmissão ao vivo do vídeo do atentado.

O ataque islamofóbico na Nova Zelândia obrigou os corpos de inteligência e segurança a repensar a vigilância de pessoas e grupos de extrema direita. Visto que "há muitas perguntas que devem ser respondidas (...) a lição que se tira é que nenhum país é imune a um ataque da extrema direita", disse o especialista em leis da Universidade de Waikato, Al Gillespie, na semana passada à Efe.

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