Por Dustin Volz
WASHINGTON (Reuters) - A Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) vai acabar com a coleta diária de milhões de registros telefônicos dos norte-americanos até domingo e substituir a prática por métodos de vigilância direcionados de forma mais estrita, anunciou o governo nesta sexta-feira.
Como exigido por lei, a NSA vai encerrar o seu amplo programa de vigilância até as 23h59 de sábado e espera ter o novo e mais restrito sistema em vigor também no mesmo período, afirmou a Casa Branca.
A transição é uma vitória há muito esperada pelos advogados que atuam com o tema da privacidade e empresas de tecnologia receosas com vigilância ampla do governo, num momento em as preocupações com segurança se intensificam depois dos ataques em Paris neste mês.
A mudança se dá dois anos e meio depois que o programa polêmico foi denunciado pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden. A medida, prevista em lei e aprovada seis meses atrás, representa a maior redução na capacidade para espionar dos EUA desde o drástico aumento que esses poderes tiveram depois dos atentados de setembro de 2001.
Sob o Ato da Liberdade, a NSA e as agências de segurança não podem mais coletar registros de chamadas telefônicas em massa no esforço para rastear atividades suspeitas.
Esses registros, os chamados "metadados", revelam para que números os norte-americanos estão ligando e que horas eles telefonam, mas não o conteúdo das conversas.
(Reportagem adicional de Mark Hosenbal)