Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

ONU pede investigação imparcial sobre morte de criança palestina

Abeb Shtawe, um menino de nove anos, foi atingido por uma bala na cabeça enquanto o exército de Israel tentava acabar com um protesto

Internacional|Da EFE

Investigação deve ser independente, diz ONU
Investigação deve ser independente, diz ONU Investigação deve ser independente, diz ONU

A ONU disse, nesta terça-feira (30), que o disparo que atingiu a cabeça de uma criança palestina quando o exército de Israel tentava acabar com um protesto deve ser investigado de forma independente e imparcial, e não de forma interna dentro do próprio corpo militar.

A ONU disse que, dessa forma, será possível garantir que "os responsáveis sejam julgados".

O exército comentou que em nenhum momento teve como alvo outros que não fossem manifestantes lançando pedras e queimando pneus, mas a bala que atingiu Abed Shtawe, de nove anos, indica o contrário.

Leia também

O escritório da alta comissária para os direitos humanos, Michelle Bachelet, reagiu diante deste caso e disse que recebeu informações de fontes críveis que descartam que Abed estivesse participando dos protestos, mas que indicam que a criança estava a cem metros do mesmo, brincando no pátio da casa de um amigo.

Publicidade

Portanto, não representava nenhuma ameaça nem para os soldados e nem para civis israelenses, como o exército justifica as ocasiões nas quais usa a força.

"O disparo contra Abed é um dos últimos de uma longa lista de incidentes nos territórios palestinos ocupados nos quais crianças e jovens são feridos ou assassinados em circunstâncias que apontam claramente o uso excessivo da força por parte das Forças de Segurança Israelenses", denunciou o escritório de Bachelet em Genebra.

Publicidade

Perguntado sobre se acreditava que o disparo foi premeditado, um porta-voz da alta comissária respondeu que embora não pudesse dar uma resposta categórica — e por isso a ONU pede uma investigação realmente independente — há antecedentes do uso de franco-atiradores por parte de Israel.

Assim confirmou no começo deste ano uma comissão especial criada pela ONU para investigar as violações dos direitos humanos cometidas pelo Exército de Israel na repressão dos protestos palestinos em Gaza.

Publicidade

"Mas a conclusão é que continuam disparando contra crianças e não vemos evidência de uma investigação consequente em cada um destes incidentes", disse o porta-voz Rupert Colville.

Colville acrescentou que tudo isso deve ser investigado fora das forças militares, já que Israel comunicou que a morte de Abed está sendo alvo de um procedimento interno.

"Nunca é uma boa ideia que as Forças de Segurança Israelense investiguem seus próprios atos por razões óbvias", insistiu o porta-voz.

Segundo as informações da ONU, Abed foi atingida na testa, o que deixou um grande buraco e fraturas múltiplas no crânio.

Os exames médicos mostram dezenas de fragmentos na cabeça da criança "que resultaram em graves danos ao seu cérebro".

Inclusive se Abed tivesse sobrevivido, se recuperar de tais ferimentos seria muito improvável, informou Colville.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.