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ONU pede que países deixem navios estrangeiros trocarem tripulações

Entre 150 mil e 200 mil pessoas estão há meses proibidas de desembarcar por causa da pandemia. Há relatos de exaustão, distúrbios psicológicos e doenças

Internacional|Eduardo Marini, do R7

Funcionários de navios que não conseguem trocar tripulação relatam doenças
Funcionários de navios que não conseguem trocar tripulação relatam doenças Funcionários de navios que não conseguem trocar tripulação relatam doenças

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu aos países que possuem costa marítima que permitam navios cargueiros, comerciais e de cruzeiro de outras nações chegar a seus portos e pontos de desembarque para substituir tripulações presas há muito tempo nessas embarcações por causa da pandemia de coronavírus.

A Organização Mundial do Trabalho (OIT) informou que entre 150 mil e 200 funcionários e tripulantes de várias nacionalidades estão confinados em navios espalhados pelos mares de todo o mundo por dois, três e até quatro meses além da data marcada para o final das jornadas.

Esses navios foram obrigados a prorrogar as missões e os contratos de trabalho por não conseguirem permissão para desembarcar nas costas de outros países.

Com o longo atraso, muitos tripulantes passaram a relatar exaustão física, problemas psicológicos e doenças que comprometem ou até impedem o desempenho no trabalho, além de gerar necessidade de atenção por parte dos colegas de trabalho.

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Prática comum na rotina marítima, a troca de tripulação em portos estrangeiros foi suspensa por grande parte dos países banhados por mar desde o início da pandemia. Na maioria dos casos, pelo temor de que estrangeiros contaminados transmitam o coronavírus para outras pessoas durante o período entre o desembarque e a volta a seus países de origem.

O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, pediu aos governos de todos os países banhados por mar que classifiquem essas tripulações como “trabalhadores-chave para todos no mundo”. E criem procedimentos especiais para que eles desembarquem nas costas, recebam cuidados, quando for o caso, e sejam substituídos nos navios por novos colaboradores.

“Forçar essas tripulações exaustas a continuar o trabalho por mais dois, três ou até quatro meses após as datas de encerramento e o término dos contratos é desumano e inaceitável”, protesta Ryder. “Isso prejudica a saúde de todos eles e coloca em risco a segurança marítima. Apelamos aos governos para que trabalhem juntos nessas trocas, para que elas ocorram com toda segurança”, acrescenta o diretor-geral.

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