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Países pedem cessar-fogo imediato do conflito em Nagorno Karabakh

O Conselho de Segurança das Nações Unidas marcou uma reunião de emergência, a portas fechadas, para discutir a crise no Cáucaso nesta terça

Internacional|Ansa

Homem da artilharia do exército da Armênia dispara em conflito armado
Homem da artilharia do exército da Armênia dispara em conflito armado Homem da artilharia do exército da Armênia dispara em conflito armado

Pelo terceiro dia consecutivo, governos internacionais - com exceção da Turquia, que declarou apoio total ao Azerbaijão - pedem por um cessar-fogo imediato do conflito armado que ocorre em Nagorno Karabakh, que já deixaram ao menos 100 mortos entre civis e militares.

Após os apelos da União Europeia e da Itália, foi a vez da chanceler alemã, Angela Merkel, fazer o pedido e solicitar que os governos dos dois países "sentem à mesa" para negociar. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, ainda informou que a chanceler conversou separadamente por telefone com o premier armênio, Nikol Pashinjan, e com o presidente azeri para debater a crise.

Leia mais: Armênia e Azerbaijão continuam combates em Nagorno Karabakh

O porta-voz da Presidência da Rússia, Dmitri Peskov, também voltou a pedir um "cessar-fogo imediato" e solicitou para a Turquia intermediar o processo.

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"Pedimos a todos os países, sobretudo àqueles que são nossos parceiros, como a Turquia, que façam de tudo para convencer as partes beligerantes a cessar-fogo e a buscar uma solução pacífica para esse longo conflito com métodos político-diplomáticos", ressaltou Peskov.

Porém, o ministro das Relações Exteriores turco, Mevlut Cavusoglu, afirmou pouco depois que a "única solução do conflito é a retirada da Armênia das terras azeris". A fala ocorreu após uma visita à embaixada de Baku em Ancara.

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"Na mesa de negociações e no território, nós estamos do lado do Azerbaijão. Queremos resolver a questão à sua raiz", pontuou Cavusoglu.

Os turcos têm uma rivalidade com a Armênia há mais de 100 anos, quando ainda existia o Império Otomano. Os dois países não tem relações diplomáticas formais até hoje.

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Quem se manifestou pela primeira vez de maneira oficial foram os Estados Unidos que, através do secretário de Estado, Mike Pompeo, pediram para que seja "dado fim à violência" e que os dois lados "retomem as negociações o mais rapidamente possível".

"As duas partes devem encerrar a violência e trabalhar com o grupo de Minsk para retomar o quanto antes as substanciais tratativas", disse Pompeo durante visita à Grécia.

Ataques a cidades próximas

Ao longo desta terça (29), os dois lados do conflito se acusaram mutuamente de bombardeios em cidades próximas à região de Nagorno-Karabakh. Enquanto a Armênia informou que as forças azeris atacaram cidades próximas à Vardenis - fora da área separatista -, o Azerbaijão negou a informação.

"Nenhuma bomba caiu no território armênio", disse o embaixador azeri na Rússia, Polad Bulbuloglu, à rádio "Komsomolskaya Prava".

As trocas de acusações vêm desde a madrugada do domingo (27), quando os primeiros ataques aconteceram. Não se sabe ao certo quem começou a nova escalada no conflito, já que ambos os lados acusaram os "inimigos" de iniciarem os bombardeios.

Leia mais: Armênia acusa Turquia de derrubar avião militar

A região autônoma de Nagorno-Karabakh é alvo de disputa desde a dissolução da União Soviética. Em 1988, o território que tem a maioria da população de origem armênia não quis permanecer no Azerbaijão e, nos anos seguintes, um intenso conflito foi registrado com cerca de 25 mil mortes.

Desde o início da década de 1990, porém, as negociações foram paralisadas, sem perspectivas de acordo, e desde então, o Azerbaijão afirma que a área pertence ao seu país - mesmo que não consiga intervir politicamente por lá - e os separatistas querem anexar Nagorno-Karabach à Armênia.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas marcou uma reunião de emergência, a portas fechadas, para discutir a crise no Cáucaso ainda nesta terça-feira.

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