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Perseguida, ex-procuradora-geral da Venezuela chega ao Brasil com expectativa de denúncia

Luisa Ortega está em Brasília para participar de reunião com líderes do Mercosul

Internacional|Do R7, com agências

Luisa Ortega Chega ao Brasil para participar de reunião de Ministérios Públicos do Mercosul
Luisa Ortega Chega ao Brasil para participar de reunião de Ministérios Públicos do Mercosul Luisa Ortega Chega ao Brasil para participar de reunião de Ministérios Públicos do Mercosul

Depois de passar pela Colômbia e pelo Panamá, a ex-procuradora-geral venezuelana, Luisa Ortega, chega ao Brasil nesta quarta-feira (23) para participar da 22ª Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul, em Brasília, a convite da PGR (Procuradoria-Geral da República). Ela deve discursar contra a corrupção durante o governo de Nicolás Maduro e, possivelmente, denunciará o escândalo de corrupção que envolve a construtora Odebrecht e o governo venezuelano durante seu discurso.

Como represália pelas viagens de Ortega, o governo de Maduro afirmou que a “Venezuela vai solicitar à Interpol um alerta vermelho para essas pessoas envolvidas em crimes graves”.

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Luisa Ortega, que foi procuradora-geral da Venezuela por mais de uma década e até seguia a linha do governista Partido Socialista, foi destituída de seu cargo no último 5 de agosto por parte da nova Assembleia Constituinte instalada pelo presidente do país, que tem poderes especiais sobre outras instituições do Estado. Ela foi removida da função por “atos imorais” — movimento apontado por críticos e governos sul-americanos como uma afronta à democracia.

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Parte da perseguição contra Ortega é atribuída ao trabalho desenvolvido por ela durante as últimas semanas em que esteve no Ministério Público da Venezuela — quando investigava o escândalo de pagamento de propina da construtora brasileira Odebrecht em vários países da América do Sul. Ela ainda apresentou uma série de acusações contra autoridades por causa de escândalos de corrupção e abusos durante os protestos antigoverno que tomam conta do país desde o mês de abril. 

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Em entrevista à rede de notícias CNN no início do mês de agosto, Ortega chegou a afirmar que temia pela própria vida e da família. Seu marido, o deputado Germán Ferrer, é alvo de uma ordem de captura após ter sido acusado de ser parte de um esquema de extorsão dentro do MP venezuelano.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que a ex-procuradora-geral está sob proteção do governo colombiano e indicou que daria asilo a ela se o pedido for feito. Em declarações para a imprensa colombiana, o procurador-geral de Bogotá, Fernando Carrillo, afirmou que Ortega "tem evidências, os documentos e as faturas para denunciar o caso de corrupção da Odebrecht na Venezuela".

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