Nesta terça-feira (22), faz 32 dias que um terço do governo norte-americano, incluindo funcionários da Casa Branca, a Agência de Agricultura e diversos museus, não recebem a verba necessária para manter o funcionamento normal. Essa já é a paralisação de governo mais longa da história dos Estados Unidos.
Enquanto o impasse continua, a situação do presidente Donald Trump se complica entre a opinião pública. Pelo menos 61% dos americanos, não concordam com a forma como o presidente está lidando com a situação, segundo uma pesquisa feita pelo Pew Research Center.
O desempenho dos congressistas democratas e republicanos também é questionada pela maioria da população. Cerca de 53% discorda da forma como a oposição conduz a negociação, enquanto a atuação dos republicanos é desaprovada por 60% dos cidadãos.
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O presidente já declarou diversas vezes que sua posição é inflexível e que os republicanos só estão autorizados a negociar um orçamento que inclua os US$ 5,7 bilhões que o presidente pede para a construção de um muro na fronteira com o México.
A pesquisa mostra ainda que 58% dos norte-americanos consideram que a paralisação do governo é um problema muito sério.
Nesta semana, os republicanos irão apresentar um projeto que contempla a exigência de Trump, mas a expectativa é de que eles não consigam aprovar a lei nem mesmo no Senado, onde têm maioria, já que ainda necessitariam de votos dos democratas.
O presidente chegou a anunciar no fim de semana uma proposta em termos semelhantes ao Daca, dando proteção aos imigrantes jovens por três anos.
Trump ainda prometeu US$ 800 milhões (cerca de R$ 3 bilhões) para assistência humanitária, US$ 805 milhões para políticas anti-drogas, a contratação de 2.750 novos agentes de fronteira e 75 novos juízes de imigração, mas isso não foi o bastante para convencer os democratas.
Chuck Schummer, líder democrata no Senado, afirmou que não irá negociar nenhum financiamento de segurança na fronteira até que o governo volte a funcionar normalmente.