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Policiais na França ameaçam greve para se juntar a 'coletes amarelos'

A maior queixa é em relação às condições de trabalho e à tensão a que têm sido submetidos ao serem enviados para conter atos violentos

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Dezenas de policiais foram feridos nas manifestações
Dezenas de policiais foram feridos nas manifestações Dezenas de policiais foram feridos nas manifestações

A revolta dos "coletes amarelos" teve prossegumento nesta terça-feira (18), em toda a França. Rodovias foram bloqueadas e pedágios, incendiados. A cada dia, a revolta tem mostrado uma faceta violenta que tem assustado as autoridades.

Para piorar, a polícia também resolveu se revoltar contra as condições de trabalho ainda mais precárias neste período turbulento.

Leia mais: Macron busca solução para crise dos 'coletes amarelos' na França

A organização muitas vezes tem sido criticada pela forma com que contém manifestações, mas, após cinco finais de semana consecutivos em ação, os sindicatos da categoria apontaram outro culpado: o governo, contra quem se dizem indignados. As informações são do Daily Express, em artigo de Romina McGuinness.

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A maior queixa de pelo menos três sindicatos é em relação às condições de trabalho e à tensão a que oficiais têm sido submetidos ao serem enviados para conter manifestantes e até bandidos violentos dentro dos protestos. Dezenas já se feriram desde o início da revolta dos "coletes amarelos", em 17 de novembro último.

Por isso, o "Black day for police" foi organizado pelo sindicato Alliance union, a partir do início desta semana.

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Os recursos dos policiais têm sido a utilização de gás lacrimogêneo e de jatos de água. Mas muitas vezes eles são recebidos com objetos mais perigosos, como barras de ferro.

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A orientação da Alliance em todo o país é para que os policiais só atendam chamadas de emergência. O vice-secretário geral do sindicato, Frédéric Lagache, foi enfático ao reclamar da verba insuficiente do Orçamento de 2019, que destinará ao setor cerca de 62 milhões de euros (R$ 275 milhões).

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"A polícia não está indo bem e ninguém está ouvindo."

Também a diretoria do sindicato UNSA-Police defendeu apenas atendimentos urgentes e pediu uma reunião com o presidente Emmanuel Macron. A ideia é cobrar horas extras para o trabalho exaustivo durante as manifestações.

Já o Unité SGP-FO ratificou que a polícia está "no fim de suas ações." E estipulou até 11 de janeiro como prazo para que as demandas sejam atendidas. Caso contrário haverá o "Ato 1", um protesto de policiais no dia 26 de janeiro.

Acuado, o governo já admite ouvir as reivindicações. Pelo Twitter, o ministro do Interior da França, Christophe Castaner, informou que deve se reunir com representantes de sindicatos nesta terça-feira (18).

Para os policiais, não há constrangimento algum em se misturar aos atuais manifestantes, conforme comunicado a UNSA.

"As rotatórias (das estradas) não são apenas reservadas para os 'coletes amarelos'".

Há o perigo, neste momento, dos próprios policiais vestirem os coletes sobre os uniformes. A diferença é que, se alguns deles tiverem algumas reações mais expolsivas, será muito mais difícil ter alguém para contê-los.

Veja a galeria: 'Coletes amarelos' seguem nas ruas, apesar de recuo de Macron

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