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Presidente do Quirguistão renuncia ao cargo em meio a crise política

Com a saída de Sooronbay Jeenbekov, país será liderado por um governo interino que tem até três meses para realizar novas eleições

Internacional|Da EFE

Presidente do Quirguistão renuncia ao cargo
Presidente do Quirguistão renuncia ao cargo Presidente do Quirguistão renuncia ao cargo

O presidente do Quirguistão, Sooronbay Jeenbekov, apresentou nesta quinta-feira (15) a renúncia do cargo, alegando ser uma tentativa para tirar a antiga república soviética de uma crise política e institucional iniciada após as eleições parlamentares do último dia 4.

"A integridade do país, a unidade da nossa população e a paz na sociedade são tudo para mim. Eu não me apego ao poder, não quero que a história se lembre de mim como o presidente que derramou sangue e atirou nos cidadãos. Por isso, tomei a decisão de renunciar", disse o mandatário, em declarações veiculadas pela agência de notícias local AKIpress.

De acordo com a Constituição do Quirguistão, o presidente do Parlamento, Kanat Isaev, assumirá a presidência do país de maneira interina até a realização de novas eleições, que precisam acontecer em, no máximo, três meses.

No poder desde novembro de 2017, Jeenbekov já havia anunciado a intenção de entregar o cargo, mas antecipou que só o faria se os deputados aprovassem a formação de um novo governo e se houvesse pacificação nos protestos nas ruas de Biskek, capital do país.

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A antiga república soviética, que se tornou independente em 1991, está em grave crise desde o pleito do dia 4, depois que apenas duas forças opositoras conseguiram cadeira no Parlamento, o que gerou acusações de fraude pelos partidos que não superaram a barreira dos 7% os votos, mínima para eleger representantes.

O resultado gerou conflitos nas ruas já no dia seguinte. Até o momento, o saldo dos distúrbios são uma morte e milhares de pessoas feridas.

A Comissão Eleitoral Central do Quirguistão anulou o resultado o dia seguinte à divulgação, mas os protestos não pararam e se intensificaram diante da cobrança de lideranças opositoras de que fosse aberto processo de impeachment do presidente, ou que o próprio líder renunciasse.

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