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Representante ucraniano no Brasil diz que Putin quer dominar Ucrânia

Vitorio Sorotiuk não acredita na ideia russa de desnazificação e ressalta vontade do país de se integrar com toda a Europa

Internacional|Lucas Ferreira, do R7

Veículo militar russo destruído próximo a Pokrovske, no leste da Ucrânia
Veículo militar russo destruído próximo a Pokrovske, no leste da Ucrânia Veículo militar russo destruído próximo a Pokrovske, no leste da Ucrânia

O conflito entre Rússia e Ucrânia pôs à prova a relação de dois povos vizinhos, com relações históricas que atravessaram séculos e guerras. Há menos de 40 anos, inclusive, os dois Estados estavam sob a mesma bandeira da União Soviética.

Entretanto, de 2014 até 2022, anexações, trocas de acusações e invasões tornaram essa relação mais difícil. Segundo Vitorio Sorotiuk, presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira, Vladimir Putin deseja a “dominação” da Ucrânia.

“A nossa comunidade ucraniana no Brasil vê a guerra de agressão russa como uma guerra, em primeiro lugar, expansionista. Vladimir Putin, antes de invadir a Ucrânia, escreveu um texto de 20 páginas sobre a história da Ucrânia onde ele nega a existência da Ucrânia, ele diz que o país é uma invenção de Vladimir Lenin”, conta Sorotiuk ao R7.

Para o representante da comunidade ucraniana no Brasil, o presidente da Rússia deve entender que junto com a criação da União Soviética, em 1917, houve uma revolução social, libertando a Ucrânia.

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“Temos que Putin quer reescrever a história, reeditar o czarismo, que é a dominação da Rússia sobre a Ucrânia. É assim que nós vemos o que está acontecendo.”

Frustração russa por não conseguir dominar a Ucrânia

Kiev, capital da Ucrânia, se manteve de pé após tentativa de invasão russa
Kiev, capital da Ucrânia, se manteve de pé após tentativa de invasão russa Kiev, capital da Ucrânia, se manteve de pé após tentativa de invasão russa

Apesar de ter um exército muito maior em efetivo do que a Ucrânia, as Forças Armadas da Rússia batalham para dominar diferentes regiões do país vizinho. A ofensiva, que teve início em 24 de fevereiro, tinha um objetivo claro: a capital, Kiev.

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Já no terceiro mês de guerra, Putin continua sem o controle de Kiev e deslocou grande parte das tropas para o leste ucraniano, onde ficam as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk.

Sorotiuk interpreta as tentativas em vão dos russos como “grande derrota”, o que teria diminuído o moral dos soldados de Moscou em solo ucraniano.

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“O conflito na Ucrânia já passa de dois meses. Naturalmente, as intenções do Putin eram uma guerra-relâmpago, de pouco tempo, com a tentativa que eles fizeram de ocupação do próprio palácio presidencial", diz Sorotiuk. "Ali eles sofreram uma grande derrota”, complementa.

O representante ucraniano no Brasil, porém, admite o avanço russo no leste do país, creditando o sucesso ao poderio da segunda maior potência militar mundial.

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Sorotiuk acrescenta que o Kremlin confunde a defesa da cultura ucraniana com um possível traço neonazista no país. Para o representante, a busca da integração da nação com a Europa Ocidental é uma prova contrária disso.

“Os ucranianos têm uma visão de defesa de sua cultura, mais integração com as demais culturas dentro do contexto europeu”, explica Sorotiuk. “[Os russos] acham que isso é uma visão nazista. Então, desnazificar a Ucrânia é tirar os ucranianos da ideia de integração europeia”.

O presidente da Representação Central Ucraniano Brasileira ainda afirma que a Rússia quer criar um império euroasiático, do qual a Ucrânia faria parte. “Na concepção deles, os ucranianos participam do Império Russo e devem ser integrados ao Império Russo”, conclui.

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