As autoridades da Romênia confirmaram neste sábado (3) que os ossos encontrados na casa de um homem acusado de estupro, que confessou ter sequestrado e assassinado uma adolescente de 15 anos, pertencem à menor desaparecida.
Esta conclusão foi alcançada após a análise dos restos humanos achados pela polícia na casa do acusado e sua comparação com as amostras de DNA dos pais da vítima, segundo anunciou em comunicado o Ministério Público romeno.
A revelação põe fim às esperanças expressadas pela família de que a menor não estivesse morta.
O caso provocou consternação e indignação na Romênia pela lenta resposta das autoridades aos pedidos de socorro da menor. Os policiais demoraram 19 horas para entrar na casa do suspeito.
Negligência e corrupção
Dois ministros e o diretor da autoridade responsável telefone de emergências da Romênia se viram obrigados a deixar seus cargos, enquanto a oposição e o presidente de centro-direita atribuíram as negligências na gestão do caso à suposta corrupção de um governo social-democrata ao qual acusam de politizar a administração.
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A adolescente de 15 anos desapareceu no último dia 24 de julho enquanto pedia carona em direção à cidade de Caracal, no sul do país, de onde ligou um dia mais tarde ao serviço de emergências pedindo socorro e informando que tinha sido violentada e estava sendo retida em um imóvel da cidade.
A falta de perícia para utilizar as tecnologias disponíveis, as descoordenações entre departamentos e o excesso de garantismo de um promotor que não autorizou a entrada na propriedade até a manhã de 26 de julho fizeram com que a polícia demorasse 19 horas para entrar na casa onde a jovem estava sendo mantida.
Quando finalmente entraram no imóvel, os agentes detiveram um homem de 66 anos que confessou ter assassinado a menor e ser o responsável da morte de outra jovem de 18 anos desaparecida em abril na região.
Segundo informações vazadas à imprensa, a menor teria sido assassinada logo depois de conseguir ligar para o serviço de emergências.