O governo da Somália informou nesta segunda-feira (30) que pelo menos 25 pessoas estão em paradeiro desconhecido há dois dias, desde que um caminhão-bomba explodiu e causou a morte de mais de 90 pessoas em Mogadíscio.
Segundo Ismael Mukhtar, porta-voz do governo federal, seis crianças estão entre os desaparecidos. Elas não foram identificadas entre os mortos e os mais de 125 feridos.
O ataque terrorista do sábado passado é o mais mortal desde outubro de 2017, com pelo menos 92 mortes — de acordo com os últimos números fornecidos pelo Hospital Medina de Mogadíscio —, embora o governo mantenha o número em 81.
Um avião da Força Aérea da Turquia aterrisou no domingo (29) em Mogadíscio com toneladas de material e 24 médicos, incluindo cirurgiões. Ao todo, 16 somalis gravemente doentes foram evacuados, assim como os corpos dos dois engenheiros turcos que morreram no ataque, de acordo com fontes oficiais.
Um segundo avião, da Força Aérea do Catar, pousou na capital somali nesta segunda-feira (30) com material médico e de primeiros socorros, ajuda que o Ministério das Relações Exteriores da Somália agradeceu via Twitter em nome do "presidente e do povo da Somália".
Nenhum grupo terrorista reivindicou ainda a responsabilidade por este ataque, embora o grupo jihadista Al Shabab — que ataca frequentemente os agentes de segurança nos postos de controle — tenha sido contra a construção da estrada onde ocorreu o atentado.
O ataque ocorreu às 8h (hora local; 2h em Brasília), um horário de pico, quando um suposto suicida explodiu uma minivan perto de um posto de controle de segurança no cruzamento por onde passam veículos que saem e entram em Mogadíscio procedentes de Afgooye.