Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Temor por colapso sanitário pela covid-19 se espalha na América

Com quase metade dos casos de covid-19 no mundo e os países mais afetados, o continente vê infecções crescerem sem previsão de queda

Internacional|Da EFE

Funcionária de saúde entrevista moradora em San José, na Costa Rica
Funcionária de saúde entrevista moradora em San José, na Costa Rica Funcionária de saúde entrevista moradora em San José, na Costa Rica

A América Latina, conserada o atual epicentro da pandemia do novo coronavírus, fechou a semana com cerca de 2,3 milhões de casos, quase 25% do total mundial, e mais de 105 mil mortes, enquanto a curva se mantém em crescimento em vários países da região e a saturação dos sistemas hospitalares se amplia.

Leia também: Coronavírus se agrava na América Latina; mortes passam de 100 mil

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou nesta sexta-feira (26) que os casos de covid-19 no mundo passaram dos 9,5 milhões, com mais de 480 mil óbitos.

Segundo esses dados, o continente americano se aproxima dos 5 milhões de casos, a metade do total mundial e quase o dobro do acumulado na Europa, além de 240 mil mortes.

Publicidade

Milhões de casos e milhares de mortes

De acordo com a OMS, a curva ascendente da pandemia se explica em grande medida pelo nível de contágios em países como EUA e Brasil.

Os EUA, país mais atingido no mundo, já passou dos 2,4 milhões de casos confirmados e está perto de 125 mil mortes.

Publicidade

Leia também

Esse dado e o novo recorde diário de contágio no país, com quase 40 mil novos casos nas últimas 24 horas, colocou em alerta as autoridades, especialmente nos estados da Califórnia, Texas, Arizona e Flórida, onde os números de infecções cresceram substancialmente nos últimos dias. 

Para enfrentar a situação, vários governadores tentam limitar os encontros sociais, tornar obrigatório o uso de máscaras em público e pensam em voltar a determinar ordens de confinamento social.

Publicidade

Já no Brasil, segundo país mais afetado do mundo, os contágios e mortes aumentam sem sinais de estabilização: há cerca de 55 mil mortes e mais de 1,2 milhões de infectados. Além disso, os epidemiologistas acreditam que, devido à subnotificação, os números reais são muito maiores.

A situação no país colocou em alarme as nações fronteiriças como o Paraguai, cujo governo se mostrou preocupado com a expansão dos contágios no departamento do Alto Paraná, que definiu como "zona mais vermelha do país".

Depois dos EUA e do Brasil, os países mais afetados no continente seguem sendo o Peru (272 mil casos e quase 9 mil mortos), Chile (263 mil contágios e 5 mil mortos) e México (quase 203 mil infectados e 25 mil óbitos).

Mortalidade x Recuperados

Com base em dados das redes de saúde dos países, a OMS calcula que o número de recuperados da covid-19 é superior a 5 milhões em todo o mundo.

Desse total, a América Latina tem 1,2 milhões de pessoas que superaram a doença, de um total de 2,3 milhões de casos. Já os EUA tiveram, entre seus 2,4 milhões de infectados, 660 mil recuperados.

A taxa de mortalidade, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, colocam em primeiro lugar no contiente o México, com 12,3% de falecimentos do total de casos do país, seguido pelo Equador (8,2%), EUA (5,1%), Brasil (4,5%), Colômbia (3.4%), Peru (3,3%) e Bolívia (3,2%).

Colapso hospitalar

Nesta sexta, a Bolívia chegou aos três meses da decretação do estado de emergência sanitária ainda com tendência de aumento de casos, que superam os 28,5 mil, com mais de 900 mortes, em um país de 11 milhões de habitantes.

A contagem de casos diários marca uma tentência de alta nos últimos dias, enquanto continuam os relatos de centros de saúde colapsados e algumas mortes em portas de hospitais e nas ruas.

Os alertas de colapso no sistema de saúde foram dados em cidades como Santa Cruz, a maior do país e mais atingida pela pandemia, com casos de pessoas que precisam percorrer vários hospitais até encontrar atendimento e familiares com problemas para enterrar seus falecidos, uma situação parecida com a vivida em Guayaquil, no Equador, em maio.

O aumento dos números no México, que no momento parece incontrolável, também gerou alertas no país, que em menos de uma semana passou de 20 mil para mais de 25 mil mortos e somou, nesse período, 30 mil novos contágios, para ultrapassar o total de 200 mil.

Mesmo assim, o subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde do governo do México, Hugo López-Gatell, considerou que seria um "sucesso" se a pandemia se prolongar até outubro, segundo seus cálculos, pois isso significa que não haverá um aumento súbito de casos e por isso não terá saturado o sistema hospitalar.

"Apesar de termos um setor de saúde com problemas e más condições, não colapsou e conseguiu enfrentar a pandemia", disse ele.

Desde antes da pandemia, a América Latina já apresentava uma situação complexa com seus sistemas de saúde com investimento muito menor que na Europa, uma grande desigualdade salarial e onde cerca de 70% dos países mals chegam ao mínimo do pessoal de saúde necessário.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.