Um tribunal Suécia manteve nesta quarta-feira (25) o mandado de prisão emitido para o fundador do site Wikileaks, Julian Assange, dizendo que sua permanência na embaixada do Equador em Londres não equivale a uma detenção.
Assange, de 44 anos, é buscado pelas autoridades suecas para ser interrogado por conta das alegações, que ele nega, de que cometeu abuso sexual em 2010 no país.
O hacker, que enfureceu o governo dos Estados Unidos ao publicar centenas de milhares de mensagens diplomáticas secretas dos EUA, está abrigado na embaixada equatoriana desde junho de 2012 para evitar a investigação de estupro na Suécia.
Ele disse temer uma extradição aos EUA, onde está em curso um inquérito criminal sobre as atividades do Wikileaks.
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"A corte distrital considera que ainda há causa provável para uma suspeita contra Julian Assange por estupro, por um incidente menos grave e que ainda existe o risco de que ele irá partir ou de alguma maneira evitar um processou ou uma punição", disse o tribunal em um comunicado.
No ano passado, a Suprema Corte sueca rejeitou uma apelação anterior de Assange na qual ele pediu a revogação da ordem de detenção.
Após um comunicado de um comitê da ONU (Organização das Nações Unidas) segundo o qual sua estadia na embaixada equivale a uma detenção arbitrária, em fevereiro os advogados de Assange voltaram a pedir à Corte Distrital de Estocolmo para anular o mandado de prisão.
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