Turquia, Suécia e Finlândia reconheceram "progressos" nesta quinta-feira (9) no processo para que os dois países escandinavos se tornem integrantes de pleno direito da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), o que turcos seguem bloqueando até o momento, informou a Aliança, em comunicado, após reunião realizada em Bruxelas.
"Todos os participantes se parabenizaram pelos progressos feitos", disse a organização ao término do encontro com representantes dos três países, que foi liderado pelo secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
A reunião fez parte do mecanismo conjunto permanente estabelecido pelo memorando trilateral firmado às margens da cúpula da Otan que aconteceu em Madri, em junho do ano passado.
Tratava-se da terceira reunião com essas características, e, segundo relembraram, eles voltarão a ter outra antes da cúpula aliada de Vilna, em julho deste ano, "a fim de continuar a cooperação neste formato".
"Finlândia e Suécia deram passos sem precedentes para abordar as legítimas preocupações em matéria de segurança. Chegou o momento para que todos os aliados concluam o processo de ratificação e deem boas-vindas à Finlândia e Suécia como membros de pleno direito da Aliança, antes da próxima cúpula da Otan, em Vilna", disse Stoltenberg, ainda antes do início da reunião, segundo comunicado divulgado pela organização.
Dos 30 aliados, restam apenas Turquia e Hungria a ratificar a entrada de Finlândia e Suécia, que desde junho do ano passado passaram a ter status de "convidados" a se unir à Aliança e, assim, podem participar das suas atividades, embora não estejam cobertos legalmente pelo princípio de defesa coletivo da Otan.
Os representantes turco, finlandês e sueco discutiram nesta quinta-feira os passos concretos que foram dados para adotar o memorando trilateral.
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Segundo ficou acordado no texto, não devem existir restrições à exportação de armas entre eles, e será reforçada significativamente a cooperação antiterrorista.
A Suécia, aliás, está em processo de endurecer as leis antiterrorismo, inclusive contra o PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), a guerrilha curda da Turquia.
"As partes concordaram que a decisão de convidar a Finlândia e a Suécia a se tornarem membros da Otan foi histórica. Concordaram, além disso, que a rápida ratificação de Finlândia e Suécia redundaria no interesse de todos, e que a entrada de ambos os países reforçará a Aliança", conclui o comunicado.