Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

UE pode punir 3 países por negar realocação de imigrantes

Hungria, Polônia e República Checa estão na mira para sofrer retaliações

Internacional|Da Ansa Brasil

As três nações estão entre as que menos realocaram imigrantes
As três nações estão entre as que menos realocaram imigrantes As três nações estão entre as que menos realocaram imigrantes

A Comissão Europeia informou nesta terça-feira (13) que abriu um procedimento de infração contra Hungria, Polônia e República Checa pelos países não terem contribuído com a realocação de imigrantes que estão na Itália e na Grécia.

Segundo o comissário europeu para a Imigração, Dimitris Avramopoulos, "é desapontador constatar que, após os repetidos apelos", as três nações não agiram e não aceitaram nenhum imigrante durante os últimos 12 meses.

Avramopoulos afirmou ainda que espera que os governos "possam reconsiderar as suas posições e iniciarem a contribuir de maneira justa". "Esperamos que prevaleça o espírito europeu", acrescentou.

O comissário ainda ressaltou que a Hungria "nunca fez nada" sobre o tema, enquanto a Polônia "chegou a se oferecer para o acolhimento em 2015 e depois fez outra coisa". Já a República Checa parou de "acolher as realocações desde agosto de 2016".

Publicidade

De acordo com Avramopoulos, os países precisam entender que esse é o "momento de agir".

Após o anúncio, o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, afirmou que a punição é uma "chantagem e um ato antieuropeu".

Publicidade

O sistema de cotas

Anunciado em 2015, o sistema de cotas da União Europeia tinha como objetivo ajudar os dois países que mais recebem os imigrantes ilegais, Itália e Grécia, a distribuir com base na proporcionalidade de sua população, 160 mil deslocados.

Publicidade

No entanto, o projeto foi criticado durante pelos países que fazem parte do chamado grupo "Viségraad", formado por Hungria, Eslováquia, República Checa e Polônia. Os governos desses países alegam diversos motivos para não receber os imigrantes - desde questões religiosas até econômicas - e se negaram a receber os deslocados.

Por conta disso, a Itália chegou a bloquear os debates sobre o Orçamento da União Europeia para os próximos anos, alegando que se os países não querem ajudar na crise, também não devem receber a parte que lhe cabe de investimentos.

De acordo com os dados divulgados hoje pela Comissão Europeia, desde que o sistema foi anunciado, 20.869 imigrantes foram realocados - bem distante da meta de 160 mil. No entanto, cerca de metade desse número foi realocado nos seis meses de 2017.

No documento, a Hungria precisaria realocar 1294 estrangeiros e não recebeu nenhum deles. Já a Polônia deveria receber 6.182 e também acabou não levando ninguém para o país. Já a República Checa realocou apenas 12 dos 2.691 imigrantes que deveria.

Os países que mais realocaram pessoas durante o período do sistema foram Alemanha (com 5.658), França (3.478), Holanda (1.907), Portugal (1.374) e Noruega (1.345).

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.