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Zelenski fala que Ucrânia 'não dará o sul a ninguém', enquanto Otan diz que guerra pode durar anos 

Em rara saída de Kiev, presidente ucraniano visitou cidades sulistas do país, regiões que sofrem muitos ataques russos após as tropas não conseguirem conquistar a capital

Internacional|Do R7

Volodmir Zelenski caminha durante visita a Mykolaiv
Volodmir Zelenski caminha durante visita a Mykolaiv Volodmir Zelenski caminha durante visita a Mykolaiv

O presidente Volodmir Zelenski garantiu neste domingo (19) que a Ucrânia "não vai dar o sul do país a ninguém" depois de visitar a região do país. Entretanto, a Otan deu uma perspectiva cruel ao dizer que a guerra na Ucrânia pode durar "anos".

Em uma rara viagem para fora de Kiev, onde passou a maior parte do tempo por motivo de segurança desde o início da ofensiva russa no fim de fevereiro, Zelenski viajou para Mikolaiv no último sábado (18) e visitou pela primeira vez tropas posicionadas perto de Odessa.

"Não daremos o sul a ninguém, levaremos tudo de volta, o mar será ucraniano e será seguro", disse ele, em um vídeo postado no Telegram após retornar a Kiev.

"Eles estão confiantes e, olhando em seus olhos, é óbvio que não duvidam de sua vitória", acrescentou Zelenski, referindo-se a suas tropas.

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No entanto, o seu otimismo colidiu com as perspectivas sombrias delineadas pelo secretário-geral da Oran, Jens Stoltenberg, que afirmou, em entrevista publicada neste domingo no jornal alemão Bild, que a guerra na Ucrânia pode durar "anos" e, portanto, os países ocidentais devem antecipar um apoio duradouro ao país.

"Não devemos vacilar em nosso apoio à Ucrânia, mesmo que os custos sejam altos. Não apenas em termos de apoio militar, mas também por causa do aumento dos preços da energia e dos alimentos", disse ele.

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"A vontade de viver do nosso povo"

Durante semanas, as tropas russas concentraram suas ações no leste e no sul da Ucrânia depois de não conseguirem tomar a capital, Kiev, após o início da invasão.

"As perdas são significativas, muitas casas foram destruídas, a logística civil é afetada e há muitos problemas sociais", admitiu Zelenski.

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"Pedi que as pessoas que perderam seus entes queridos recebam mais assistência. Vamos reconstruir tudo o que foi destruído. Os mísseis russos são menos do que a vontade de nosso povo de viver", disse ele.

Um vídeo divulgado pela Presidência ucraniana mostrou Zelenski com o governador local, Vitalii Kim, em Mikolaiv, em frente à fachada destruída da sede da administração regional, alvo de um ataque russo em março que deixou 37 mortos.

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A cidade portuária e industrial, que tinha meio milhão de habitantes antes da guerra, ainda está sob controle ucraniano, mas fica perto de Kherson, região praticamente ocupada pelos russos.

Além disso, está localizado na estrada para Odessa o maior porto da Ucrânia, cerca de 130 km a sudoeste, que também está sob controle da Ucrânia e no centro das negociações, pois há milhões de toneladas de grãos ucranianos bloqueados.

A Rússia, que controla uma área do mar Negro, argumenta que as águas são minadas.

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