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Bebê de indígenas venezuelanos morre de Covid-19 em BH

Menor fazia parte de grupo que está em abrigo na capital mineira; Defensoria Pública denuncia condições insalubres na hospedagem

Minas Gerais|Luiz Casoni, da Record TV Minas e Giovana Maldini*, do R7

Grupo está abrigado na parte externa da instituição
Grupo está abrigado na parte externa da instituição Grupo está abrigado na parte externa da instituição

Um bebê de 1 ano e 7 meses, filho de indígenas venezuelanos que estão em um abrigo em Belo Horizonte, morreu vítima de Covid-19.

O óbito ocorreu na última sexta-feira (22), mas só foi revelado pela Defensoria Pública de Minas Gerais nesta terça-feira (26). O menor ficou internado por aproximadamente duas semanas no Hospital João Paulo II, no centro da capital.

A Defensoria Pública vistoriou o Abrigo São Paulo, no bairro Primeiro de Maio, na região norte de Belo Horizonte, onde estão 74 imigrantes venezuelanos da etnia warao.

O órgão denunciou a falta de estrutura adequada para hospedagem das famílias, pela ausência de política pública municipal de acolhimento de migrantes. A Defensoria afirma que o grupo está "amontoado em local insalubre e abrigado na parte externa da instituição", separado apenas por uma tela de proteção dos demais abrigados.

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Veja também:Imigrantes venezuelanos desembarcam na rodoviária de BH

A Defensoria Pública afirmou que vai solicitar informações sobre o abrigamento à Prefeitura de Belo Horizonte e à direção da instituição. O órgão também vai encaminhar um ofício à Secretaria Social da PBH pedindo, em caráter de urgência, o atendimento das necessidades básicas da comunidade e a transferência dos imigrantes para um local adequado em um prazo de dez dias.

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Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte disse que “as equipes da Secretaria Municipal de Saúde foram direcionadas ao abrigo São Paulo para prestar toda a assistência necessária”. Além disso, o órgão afirma que foi elaborado um plano de ação que incluía o cadastramento das pessoas no SUS (Sistema Único de Saúde) e sua avaliação clínica.

Segundo a PBH, foram realizadas visitas para identificar espaços de acolhimento adequado. A prefeitura disse que diálogos com o grupo estão sendo realizados para iniciar o deslocamento.

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Os imigrantes chegaram à capital no dia 28 de setembro. Em sua maioria, são mulheres, crianças (entre as quais há um recém-nascido) e gestantes, segundo a Defensoria Pública. Parte do grupo já testou positivo para a Covid-19.

Confira a íntegra da nota da Prefeitura de BH:

Desde a chegada do grupo a Belo Horizonte, que aconteceu sem que a Prefeitura fosse previamente informada, o Executivo Municipal tem mobilizado equipes para atendimento e acolhimento emergencial. As equipes da Secretaria Municipal de Saúde foram direcionadas ao Abrigo São Paulo para prestar toda a assistência necessária. Foi elaborado um plano de ação que incluía o cadastramento das pessoas no SUS e a avaliação clínica, com consultas médicas e de enfermagem. Durante os atendimentos foi identificada uma criança com comprometimento clínico e sintomas de desidratação, sendo prontamente encaminhada para a UPA Norte. Com o agravamento do quadro clínico, foi necessária a internação hospitalar. Foram realizadas visitas para a identificação de espaços para acolhimento adequado. Diálogos estão sendo realizados com o grupo para que seja possível iniciar o deslocamento.

*Estagiária doR7, sob supervisão de Pablo Nascimento

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