Em 2021, mais de 70 famílias foram retiradas de casa
Rodrigo Dias / Record TV MinasDados da Prefeitura de Belo Horizonte apontam que o município pode ter mais de 1.500 casas em áreas de risco de deslizamentos e desabamentos, em vilas e comunidades da cidade. Segundo o Executivo Municipal, estas áreas são monitoradas e os moradores são retirados de seus lares quando necessário, mesmo fora do período chuvoso.
Nesta segunda-feira (18), quando a capital registrou o dia mais chuvoso para um mês de outubro, sete famílias foram retiradas de casa. Os dados mais recentes da Urbel (Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte) apontam que de janeiro a setembro de 2021, 170 famílias foram removidas devido ao risco geológico.
"Essas famílias foram para casa de parentes ou acessaram o benefício do Programa Bolsa Moradia da Prefeitura até a definição da intervenção necessária no local", explicou o órgão.
Com a chegada do período chuvoso, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou que sua equipe está preparando um plano "robusto" relacionando diferentes setores para evitar eventuais desastres. "Vamos mapear milimetricamente", ressaltou o chefe do Executivo, nesta terça-feira (19).
A orientação da prefeitura é que os moradores acionem a Defesa Civil pelos telefones 199 e (31) 3277-6409 caso percebam "trincas, rachaduras nos solos, água minando na base do barranco ou inclinação de postes e árvores". Para pedir socorro, a população deve chamar o Corpo de Bombeiros pelo 193.
"É importante destacar que o risco geológico é um processo extremamente dinâmico, visto que a redução é identificada em decorrência das obras de mitigação e o aumento é influenciado pelas ocupações, construções irregulares em áreas impróprias e por fenômenos naturais , como a precipitação pluviométrica", pontuou a Urbel.
Áreas com risco de alagamento
Atualmente, Belo Horizonte tem 62 pontos com risco provável de alagamento em caso de temporais (veja a lista abaixo). O mapeamento foi feito pela prefeitura para facilitar a realização de ações emergenciais. Em casos de cheias de córregos, a Defesa Civil bloqueia algumas áreas.
Segundo o prefeito Alexandre Kalil, algumas obras já iniciadas por sua gestão já amenizam os impactos nas áreas de risco. Segundo ele, as bacias de contenção na avenida Vilarinho e no bairro Santa Lúcia já estão funcionando. " O investimento que aconteceu nos últimos cinco anos não aconteceu nos últimos 40", avaliou o chefe do Executivo.
Além das obras que viabilizam a vazão da água, a prefeitura conta com técnicos vistoriando os imóveis de risco e com a ajuda de 600 moradores voluntários treinados para auxiliar a população em momentos de emergência.
"Esses voluntários são capacitados pela Prefeitura para prestar socorro imediato aos moradores até a chegada dos órgãos oficiais; repassar aviso de chuvas; e orientar a população em caso de enchentes e alagamentos", destaca a Urbel.
Veja a lista completa dos pontos com risco de alagamento em BH: