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Com medo, pacientes negligenciam sintomas de outras doenças 

Médicos relatam casos  de pacientes que com sintomas de AVC, infarto ou mesmo apendicite, mas não foram ao hospital por medo do coronavírus

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Médicos alertam para risco de não procurar ajuda
Médicos alertam para risco de não procurar ajuda Médicos alertam para risco de não procurar ajuda

Com medo de serem contaminadas pelo novo coronavírus em hospitais, pessoas que precisam de atendimento médico por outros motivos que não a Covid-19 têm demorado a procurar ajuda e seus quadros clínicos que, em tese, seriam simples têm se agravado.

Tornou-se mais comum relato de profissionais de saúde sobre pacientes que ficaram sentindo dor ou desconforto em casa e, quando chegaram ao hospital, precisaram passar por cirurgias de urgência, mais graves do que o necessário caso tivessem procurado atendimento mais cedo. 

São casos de pacientes que têm sintomas de AVC, infarto e outras doenças, mas que acabam ficando em casa, com receio de procurar ajuda médica (veja, abaixo, lista de sintomas que você deve ficar de olho).

A vice-presidente Assistencial e Operacional da rede Mater Dei, Márcia Salvador Geo, disse que os profissionais da rede ligaram o alerta. 

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— Estamos muito preocupados com a gravidade do quadro de pacientes que não têm suspeita de coronavírus chegando ao hospital. Um médico me chamou a atenção para dizer que, em um período de 72 horas tinha operado casos graves que nunca havia feito antes. 

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De acordo com Márcia Salvador, o hospital já registrou casos de apendicite supurado, vesicula inflamada e obstrução intestinal com fístula, doenças que são agravadas se não há procura por um atendimento hospitalar com urgência, no início dos sintomas. 

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O médico intensivista e infectologista do Hospital Lifecenter, em Belo Horizonte, Guilherme Lima, confirma que as pessoas estão mais temerosas de frequentar o ambiente hospitalar, de procurar um Pronto Atendimento, em virtude do coronavírus. 

— Tivemos um caso recente de um senhor com apendicite. Ele teve dor abominal, mas só buscou atendimento quando o quadro se agravou muito. Ele teve que passar por uma cirurgia de urgência e teve complicações. Algo que poderia ter sido simples, se procurasse o hospital antes. 

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Segundo Lima, esse comportamento é perigoso e os hospitais têm trabalhado para isolar pacientes "comuns" com suspeitos de Covid-19 justamente para minimizar as chances de contágio. 

Passando mal? Saiba como procurar atendimento em tempos de Covid-19

Unidades de saúde das redes pública e particulares têm seguido protocolos para separar os pacientes. Via de regra, são isolados as pessoas que têm queixa respiratória, como falta de ar, febre e cansaço, por exemplo.

Isso é feito não só para evitar o risco de contaminação pela Covid-19, mas também para garantir atendimento a pessoas que não estão com coronavírus, mas precisam de ajuda médica. 

Tem algum desses sintomas? Procure um Pronto Atendimento

- Dormência súbita ou fraqueza ou paralisia da face, braço ou perna — especialmente, em um lado do corpo; 

- Dores agudas, desconhecidas e insuportáveis; 

- Dor torácica aguda ou arritmia cardíaca;

- Dor lombar e abdominal acompanhada de febre;

- Sintomas urinários;

- Perda súbita de sentidos (consciência, visão, audição, fala) ou de força;

- Dificuldade súbita para caminhar, tontura, perda de equilíbrio ou coordenação;

- Forte dor de cabeça, sem causa conhecida;

- Convulsão;

- Intoxicação alimentar ou por medicamento; 

- Reação alérgica por alimento ou produto;

- Acidente com fratura ou perda de consciência; 

- Ferimentos com grande sangramento;

- Febre acima de 39º C que não cede com antitérmicos em até 48 horas ou acompanhada de sintomas como nauseas vômito, tosse, dor de cabeça forte ou sensação de fraqueza

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