Família de mulher que morreu após parto em BH acusa maternidade de negligência
Conselho Regional de Medicina investiga o caso
Minas Gerais|Do R7 com Record Minas

A família de uma mulher de 27 anos que morreu após dar a luz em um hospital de Belo Horizonte acusa a maternidade de negligência. O caso foi levado ao Conselho Regional de Medicina, que prometeu apurar a denúncia.
De acordo com os parentes de Talita de Carvalho, ela não recebeu anestesia e houve erro médico. A mulher deu entrada na maternidade Odete Valadares no dia 4 de julho mas morreu dias depois. Priscila da Paixão Carvalho, está revoltada com a forma como sua irmã foi tratada
— O lugar estava mal higienizado, tinha poça de sangue e muito odor. Judiaram muito da minha irmã.
O marido de Talita, Márcio Ferreira Carvalho relembra os momentos de desespero.
— A médica me falou que não estava contendo o sangramento e não tinha plaquetas no hospital para fazer tranfusão. Também não tinha ambulância para buscar no Hemominas. Eu me prontifiquei a buscar mas ela disse que eu não tinha autorização para fazer isso.
A mulher morreu deixando dois filhos para trás: o bebê e uma criança de três anos.
O CRM (Conselho Regional de Medicina) garantiu que está investigando o caso, como afirma o presidente da instituição, Atagiba de Castro Filho.
— Caso houver indícios de alguma infração ética ou erro será aberto um processo ético profissional, que é um procedimento mais complexo. Trata-se de um julgamento. Vamos verificar se não havia um anestesista no local, porque seria um absurdo que uma maternidade pública não tivesse este profissional a postos.
Por meio de nota a maternidade alegou que já está investigando a conduta adotada no atendimento a paciente e ouvindo os profissionais envolvidos. A instituição garante ainda que todas as providências necessárias serão tomadas.