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Vale se torna ré em processo que julga rompimento de barragem de Mariana (MG) na Justiça Inglesa

Vale e a BHP dividem ações da mineradora Samarco, responsável pela barragem

Minas Gerais|Antônio Paulo, da Record TV Minas

Rompimento de barragem deixou 19 mortos
Rompimento de barragem deixou 19 mortos Rompimento de barragem deixou 19 mortos

A Alta Corte da Justiça inglesa incluiu, nesta segunda-feira (07), a mineradora Vale como ré no processo internacional que julga os responsáveis pela tragédia ambiental que aconteceu em Mariana, a 110 km de Belo Horizonte, em 2015, no rompimento da Barragem do Fundão, que terminou com 19 mortes.

De acordo com o escritório internacional de advocacia Pogust Goodhead, a que apelou à corte londrina pela responsabilização pela tragédia, a Justiça Inglesa determinou hoje a inclusão da Vale, junto com acionista inglesa BHP, no processo que exige uma indenização de R$ 230 bilhões às vítimas da tragédia.

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Vale e a BHP dividem as ações da mineradora Samarco, a responsável pela barragem que rompeu e causou uma das maiores tragédias ambientas da história da humanidade, despejando 45 milhões de metros cúbicos de rejeito no Rio Doce, um mar de lama que chegou até ao mar Atlântico pelo Estado do Espírito Santo.

O julgamento com ambas as mineradoras está marcado para 7 de outubro de 2024. Em 2018, três anos depois da tragédia, o escritório de advocacia entrou com a ação contra a BHP. Em dezembro do ano passado, a mineradora inglesa exigiu que a Vale divida os custos de indenização caso em caso de condenação.

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A Vale informou que as medidas cabíveis serão apresentadas no processo. "A Vale reafirma seu compromisso com a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, nos termos do TTAC e TAC Governança, acordos celebrados com as autoridades públicas brasileiras para esse fim", concluiu a empresa.

A Fundação Renova declarou que cerca de R$ 30,7 bilhões foram destinados às ações de reparação e compensação do rompimento. "Ações integradas de restauração florestal, recuperação de nascentes e saneamento estão acontecendo ao longo da bacia do rio Doce e visam à melhoria da qualidade da água", exemplificou em nota.

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O jornalismo da Record TV Minas fez contato com a Mab (Movimento dos Atingidos por Barragens) e aguarda um posicionamento.

Veja a nota da Pogust Goodhead na íntegra:

"O escritório Pogust Goodhead considera muito positiva a decisão da Corte de Londres de tornar a Vale ré junto com a BHP pelo desastre de Mariana.

Desde 2018, a anglo-australiana BHP enfrenta a maior ação coletiva ambiental do mundo na Inglaterra, movida por mais de 700 mil atingidos. Em 2022, a empresa apresentou pedido para que a Vale também responda pelo pagamento de eventual condenação no processo inglês, alegando que a inclusão da mineradora brasileira no processo tornaria mais provável chegar a um acordo, promessa que esperamos fazê-los cumprir.

A Vale agora enfrenta uma grande responsabilidade financeira em relação à metade ou mais da ação das atingidos contra a BHP em Londres, com compensação avaliada em R$ 230 bilhões.

'Já é hora da BHP e a Vale finalmente chegarem a uma resolução efetiva e fazerem a coisa certa para as vítimas, que tiveram seu sofrimento prolongado por mais de oito anos', enfatiza Tom Goodhead, sócio-administrador e CEO do escritório Pogust Goodhead."

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