Uma manifestação de estudantes causou congestionamento nas principais ruas e avenidas de Belo Horizonte, na manhã desta quinta-feira (14), véspera do feriado da Proclamação da República. O grupo pede ampliação do passe livre nas tarifas de ônibus e protestam contra projetos do poder público que envolvem as escolas.
O protesto foi convocado pela Ames-BH (Associação Metropolitana dos Estudantes Secundarista da Grande Belo Horizonte), que é formada por alunos dos ensinos fundamental e médio.
Rafael Morais Gomes, presidente da associação, explica que o grupo protesta contra o projeto Escola Sem Partido, aprovado em primeiro turno pela Câmara Municipal no mês passado, além de cobrar ampliação do passe livre estudantil, que atualmente oferece meia passagem de ônibus para jovens que moram e estudam em Belo Horizonte. O benefício é ofertado pela prefeitura. O estudante diz que outra crítica é em relação à proposta do Governo Estadual que prevê a unificação de turmas.
— Nós queramos que o passe livre possa ser usado na região metropolitana porque nós temos vários alunos que vêm de outras cidades e estas passagens são as mais caras.
Procurada pela reportagem, a BHTrans (Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte), informou que uma equipe da companhia segue para acompanhar o protesto. Ainda segundo o órgão que administra os serviços de transporte da cidade, os reflexos foram sentidos, pelo menos, na avenida Afonso Pena, do Contorno e nas ruas Niquelina e Álvares Maciel. A região hospitalar também foi afetada.
Segundo a equipe de monitoramento, os manifestantes caminharam pela avenida Afonso Pena, no sentido Mangabeiras, passando pela sede da prefeitura. Depois disso, o grupo seguiu rumo à Câmara Municipal de Belo Horizonte, onde vão pedir fazer um pedido de reunião com a presidente Nely Aquino (PRTB).
A PM (Polícia Militar) e a BHTrans não calculam quantas pessoas participaram do ato. Segundo a organização, cerca de 150 estudantes seguiram em caminhada.
A reportagem procurou a Prefeitura de BH e a Secretaria Estadual de Educação para comentar os pedidos dos estudantes, mas ainda aguarda retorno.