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MG: Vídeos de shows surpresas em botecos divertem a web e transformam vida de jovem

Mala, de 25 anos, largou a carreira de educadora física para apostar na música após gravações que atingiram mais de 20 milhões de pessoas

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Mala, cantora que viralizou na internet com vídeos de shows surpresas em botecos de Araguari e Uberlândia, cidades do interior de Minas Gerais
Mala faz shows surpresas em botecos de MG, apenas em voz e violão (Arquivo pessoal / Mala)

Durante a entrevista ao R7, Mala fez questão de se desculpar por não conseguir atender no primeiro horário sugerido. A incompatibilidade de agenda tinha um motivo: ela precisava cumprir a última jornada de trabalho como personal trainer em uma academia de Araguari, cidade do Triângulo Mineiro, a 671 km de Belo Horizonte.

A conversa de quase 30 minutos com a reportagem foi a primeira da jovem de 25 anos depois de deixar a carreira de educadora física para se dedicar à música e à produção de conteúdo digital.

A virada de chave aconteceu após ela viralizar nas redes sociais com vídeos cantando em bares no interior de Minas Gerais. Uma cena que seria corriqueira, caso não fossem apresentações surpresas em botecos “raiz”, daqueles bem simples e com cadeiras de plástico coloridas. Só em voz e violão, sem estrutura.

Um dos vídeos que mais fez sucesso foi assistido 3,8 milhões de vezes nos últimos 23 dias. Nele, Mala chega despretensiosamente no bar. Ela carregava o violão em uma das mãos, usava calça jeans e cropped listrado. Em seguida, pergunta firme: “Boa noite. É aqui que me deixaram tocar umas moda?(sic)”. A jovem puxou uma cadeira de plástico vermelha, posicionou o instrumento e disparou o repertório sertanejo. Um cliente identificado apenas como Carlão perdeu a timidez e se juntou à jovem. Teve cantoria, choro e risadas.

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“É uma receptividade muito boa. Tem lugar que a galera é mais tímida e, depois, fica mais solta. Em outros lugares, as pessoas são mais tranquilas, já se sentam ao meu lado e bebem comigo. São reações distintas, mas sempre de surpresa e muito positivas”, comenta sobre a reação do público.A ideia de gravar os vídeos veio de um amigo que, hoje, é produtor de Mala. A proposta era tornar o trabalho dela como cantora mais conhecido. A jovem só não esperava tamanho reconhecimento.

Veja shows surpresa de Mala por botecos no interior de Minas Gerais:

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A rede social que ela usava para, eventualmente, postar fotos com amigos ou com clientes da academia tinha pouco mais de 300 seguidores no fim de fevereiro deste ano. Hoje, quase dois meses depois, o número saltou para 195 mil. O ranking não para por aí. Nos últimos 30 dias, Mala foi vista por mais de 20 milhões de pessoas em todas as redes sociais onde está presente.

A jovem acabou tendo que “mudar” de nome. Ela trocou a assinatura Maria Laísa por Mala, abreviação do nome composto que ficou popular entre os seguidores dela na web.

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“Eu achava que a música não era um sonho para mim. Eu a tinha apenas como um hobby. Eu já cantava em barzinhos, mas sempre lembrava que eu estudei e lutei tanto para conseguir tudo. Então eu dizia que não ia dar [a profissão de educadora física] de mão beijada para seguir na música, porque eu sei que é uma área difícil. Eu precisei que esse boom acontecesse na minha vida para eu falar que a música é o meu sonho”, comentou sobre a mudança da última semana.

Com a visibilidade, chegaram convites para divulgar marcas e fazer shows. O dinheiro que começou a entrar ajudou na hora de decidir a se mudar de Araguari. A jovem trocou o município de 117.825 habitantes por Uberlândia, cidade vizinha e polo na região, sendo a segunda mais populosa de Minas Gerais, com 699 mil habitantes. A ideia é aproveitar as oportunidades de lá para produzir ainda mais conteúdos e promover a carreira de cantora.

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Influência musical

A formação em educação física foi influência dos dois irmãos, que são ligados ao mundo do esporte. Da família também veio o primeiro contato musical, aos 3 anos, mas não foi com o sertanejo. “Tenho que contar um segredo. Eu cresci vendo meu pai ouvir Raul Seixas e Tim Maia, além do meu irmão ouvindo Cazuza”, conta aos risos.

A conexão com a música caipira surgiu na adolescência, quando Mala se mudou para Araguari com a família que, até então, vivia em Brasília. “A galera aqui gosta muito de sertanejo. Fui saindo com os amigos e a gente começou a escutar mais”, relembra.

A jovem já fez aulas de bateria e violão, participou de coral de igreja e fez parte de uma dupla sertaneja. Agora, ela se prepara para as oportunidades que podem surgir e garante que vai tentar unir todas as influências musicais que teve ao longo da vida.

”Estou muito focada em viver o agora e tudo que está acontecendo. Imagino que a Mala cantora, daqui a um tempo, vai estar com músicas lançadas, tanto minhas quanto uma playlist do buteco. Nada mais justo que lançar um EP com várias músicas regravadas e algumas de minha autoria. Nessa releitura do sertanejo que cantores como Murilo Huff e Lauana Prado têm feito, eu quero pegar outras músicas do meu gosto e colocar no sertanejo”, comenta ao citar Marisa Monte como uma artista que sonha em regravar.

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