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Motociclistas denunciam venda de contas em aplicativos de transporte em BH

Especialistas questionam falta de regulamentação do serviço; segundo o denunciante, até menores de idade estariam comprando contas

Minas Gerais|

Aluguel conta moto por aplicativo BH Motociclistas denunciam venda de contas em aplicativos (Reprodução/Record Minas)

Em apenas dez dias, foram registrados três acidentes com mortes de pessoas que estavam em motos por aplicativo em Belo Horizonte. Sem regulamentação específica para o tipo de transporte, especialistas alertam para os riscos. Entre eles, o de contas de motoristas sendo “alugadas” para outras pessoas.

Um motorista, que não quis ser identificado, contou que as contas são alugadas até mesmo para pessoas menores de idade, sem habilitação. ”As contas são vendidas de $300 a R$500. O cara cria um perfil falso… ou aluga para alguém. “Tem até menor de idade na nossa profissão, tem gente sem carteira”. O motoboy, que tem anos de profissão, diz estar muito preocupado com o aumento dos riscos.

Só neste mês, três acidentes envolvendo motos de aplicativo foram terminaram com três pessoas mortas em Belo Horizonte. Todos aconteceram em locais muito movimentados da capital. Um deles foi na avenida Pedro I, outro na Antônio Carlos, na altura do bairro Lagoinha e mais um no Anel Rodoviário.

Os acidentes recentes fizeram crescer a pressão para que a prefeitura da capital regularize a atividade de transporte por moto em aplicativos e endureça a fiscalização. Hoje, esse tipo de transporte deve cumprir regras estabelecidas em uma lei federal de 2012, que vale para todo país. Sem a regulamentação da lei, fica a critério da empresa do aplicativo estabelecer regras rígidas.

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Para o especialista em trânsito Phelipe Cardoso, sem a regulamentação, passageiros e motociclistas ficam desprotegidos. O especialista alerta ainda sobre a importância de estabelecer algumas exigências para aumentar a segurança do transporte de moto por aplicativo.

“Cabe à Prefeitura complementar essa legislação federal com tudo que ela achar pertinente para proteção e garantia de um transporte seguro para o passageiro. A exigência específica de condução de passageiros seria pertinente. O estabelecimento de uma idade mínima para o veículo. Alguma forma de garantir que o condutor é aquele que está cadastrado na plataforma”, falou.

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Acidentes

O acidente na avenida Pedro I aconteceu, na última segunda-feira (15), uma mulher de 30 anos morreu na batida envolvendo uma moto onde ela estava e um caminhão. Segundo o batalhão de trânsito, o motociclista de aplicativo teria se desequilibrado ao desviar de um caminhão. Com o movimento, a passageira caiu e foi atropelada.

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No dia 20 de abril, um motociclista morreu ao bater em um poste na avenida Antônio Carlos, no bairro Lagoinha. A mulher que estava na moto ficou gravemente ferida. A polícia acredita que o piloto perdeu o controle da moto e os dois foram arremessados.

Já no dia 12 de abril, a mulher de 27 anos que estava na garupa de uma moto de aplicativo também morreu, no Anel Rodoviário. Segundo a PM, o piloto teria se desequilibrado e tanto ele quanto ela caíram. A mulher morreu atropelada por um caminhão. O motociclista teve ferimentos leves.

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