Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

MP pede suspensão de atividades em mineroduto após vazamentos

Estrutura da empresa Anglo American apresentou dois rompimentos em menos de 20 dias; material caiu em córrego em Santo Antônio do Grama (MG)

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Primeiro rompimento derramou 450 m³ de minério no meio ambiente
Primeiro rompimento derramou 450 m³ de minério no meio ambiente Primeiro rompimento derramou 450 m³ de minério no meio ambiente

O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) enviou à Justiça, nesta segunda-feira (2), um pedido de suspensão do transporte de minério no mineroduto Minas-Rio, da empresa Anglo American. A medida foi tomada após a estrutura se romper e causar dois vazamentos em um período de 17 dias, na cidade de Santo Antônio do Grama, a 227 km de Belo Horizonte.

O MP também pede que a empresa seja obrigada a adotar medidas para acabar com o vazamento, retirar e dar destinação adequada para o material poluente.

O primeiro acidente aconteceu na manhã do dia 12 de março. De acordo com a promotoria de Justiça, 450 toneladas de uma mistura de minério e água jorraram no meio ambiente. O material atingiu o Córrego Santo Antônio, responsável pelo abastecimento de água para a cidade de Santo Antônio do Grama. O fornecimento de água chegou a ser interrompido, mas foi regularizado após ser eliminada possibilidade de contaminação.

Leia mais notícias no Portal R7

Publicidade

Na última quinta-feira (29), o mineroduto apresentou outra falha e a polpa de minério voltou a vazar a cerca de 200 metros do primeiro rompimento. Segundo a mineradora britânica, os problemas aconteceram por falhas na solda da estrutura. Dessa vez, segundo a empresa, foram 640 tonelada de material vazado.

Após o primeiro vazamento, a empresa teve R$ 10 milhões bloqueados para garantir a indenização e reparação e dos danos. Também ficou determinado que a mineradora deve:

Publicidade

• Adotar medidas para cessar o vazamento e a contaminação do meio ambiente imediatamente;

• Dar destinação ambiental adequada aos poluentes no prazo de 72 horas;

Publicidade

• Providenciar cadastro dos atingidos pela falta de água, fornecendo-lhes água potável

• Pagar auditoria ambiental independente no complexo

• Apresentar resultado da auditoria em 120 dias com informações sobre os níveis de poluição e degradação ambiental.

Leia também

Procurada pelo R7, a Anglo American informou que ainda não teve acesso à petição do MP, mas que as operações estão suspensas desde o dia do segundo rompimento. Além disso, a empresa ressaltou que medidas de remação e contenção do material já estão sendo tomadas. Veja a nota na íntegra:

"As operações da empresa estão suspensas desde o dia 29/3, quando foi detectado vazamento no mineroduto na altura do município de Santo Antônio do Grama (MG).

O vazamento durou entre cinco e oito minutos. Cerca de 170 toneladas de polpa de minério foram carreadas para o córrego Santo Antônio do Grama. Outras 470 toneladas atingiram duas propriedades da região. O abastecimento de água do município não foi afetado porque agora a água está sendo captada do ribeirão Salgado.

As medidas de contenção e reparação continuam em andamento. São 37 barreiras de contenção ao longo do ribeirão Santo Antônio do Grama. A pluma não alcançou o rio Casca. A empresa mantém mais de 200 profissionais trabalhando na limpeza da calha e das margens do córrego.

O mineroduto havia retomado suas operações de forma gradual no dia 27/3, após a realização de inspeções por ultrassom nos tubos adjacentes ao primeiro vazamento e testes de pressurização com água em toda a extensão do duto. Esses testes indicaram a integridade dos tubos e condições favoráveis à volta da operação. A volta só ocorreu após a anuência dos órgãos ambientais.

A Anglo American não teve acesso à petição."

Veja vídeo do primeiro vazamento:

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.