Um pedreiro, de 54 anos, foi preso suspeito de estuprar a enteada, de doze anos, em Salinas, no norte de Minas Gerais. Em depoimento à polícia, o José Carlos Silva alegou que a culpa era da criança. Segundo as investigações, os abusos teriam começado quando a menina ainda tinha oito anos.
Os abusos, que aconteciam na casa da família, teriam começado logo no início do relacionamento de Silva com a mãe da vítima, em 2013. As investigações que levaram à prisão de Silva começaram há cinco meses, após denúncias de uma tia da criança começou a perceber comportamentos estranhos da sobrinha, e denunciou o caso. No depoimento à polícia, a mulher disse que a vítima vinha tentando se matar por diversas vezes e de várias formas, em curtos espaços de tempo. A menina estaria sendo ameaçada pelo padrasto e não aguentava mais os abusos, por isso, queria tirar a própria vida.
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Segundo a polícia, enquanto a tia da vítima e outras testemunhas eram ouvidas, os investigadores perceberam que a mãe da menina já sabia de tudo e que nunca havia denunciado o marido. Para o delegado, a mulher consentia com os abusos e não buscava proteger a filha. Segundo a polícia, logo que soube que tinha sido denunciado, o suspeito fugiu. Em uma gravação feita pela polícia enquanto o suspeito estava na viatura, ele assume o crime e relato o que teria acontecido.
— Eu não queria fazer, mas ela ficou me atiçando
Além da vítima, outros dois irmãos dela, que também são crianças, moram na mesma casa, mas, a princípio, não teriam sido vítimas do padrasto. O inquérito deve ser encerrado em até 10 dias. A mãe da menina e o amigo do suspeito, que teria ajudado na fuga, devem ser ouvidos ainda nesta semana. Para a polícia, é possível que Silva tenha feito outras vítimas. O suspeito foi levado para o presídio de salinas, onde vai ficar à disposição da Justiça.