Peritos da Polícia Civil tentam descobrir se há algum vazamento em um dos tanques usados na produção de cerveja da empresa Backer, em Belo Horizonte. Agentes da corporação voltaram à fábrica pelo segundo dia consecutivo, nesta sexta-feira (28), para continuar as análises.
O trabalho faz parte das investigações sobre a possível contaminação de 34 pessoas com duas substâncias tóxicas encontradas em bebidas da marca. Seis pacientes morreram.
De acordo com o delegado Flávio Grossi, coordenador das investigações, o barril de número 10, onde foram encontrados vestígios de monoetilenoglicol e dietilenoglicol, será esvaziado para verificar se há algum problema na estrutura. Caso seja encontrado o vazamento, uma terceira etapa da apuração será iniciada.
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O inquérito sobre o caso já dura 55 dias. Um levantamento da Polícia Civil mostra que mais de 60 pessoas, entre vítimas, familiares e testemunhas já foram ouvidas.
Procurada, a Backer ainda não se manifestou sobre a nova vistoria realizada na empresa nesta sexta-feira. Sobre a varredura do dia anterior, a companhia destacou que o material que estava nos tanques em análise foi transferido para outro barril “com o objetivo de preservá-lo”. A cervejaria destacou ainda que está colaborando com a elucidação dos fatos.
Veja a íntegra da nota da Backer:
“Após uma reunião na fábrica da Backer entre Polícia Civil, MAPA e representantes da cervejaria, ficou definido que não serão realizados testes de estanqueidade no momento, devido à ausência de laudos quantitativos a respeito da concentração do dietilenoglicol.
No entanto, foram coletadas amostras dos tanques 10 e 17, para a realização de novos testes. O material foi transferido de um tanque para outro, com o objetivo de preservá-lo. A Backer reafirma seu interesse em elucidar os fatos o mais breve possível e sua disponibilidade em colaborar com os trâmites necessários. A empresa manterá a sociedade informada a respeito.”
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