A Polícia Civil de Minas Gerais começa a ouvir nesta semana familiares de vítimas de intoxicação por dietilenoglicol. A substância foi encontrada em diversos lotes de cervejas de, ao menos, oito marcas da cervejaria Backer, de Belo Horizonte.
Nesta segunda-feira (20), quatro familiares prestaram depoimento no âmbito do inquérito que apura as causas da contaminação e outros devem ser ouvidos ao longo da semana.
O delegado Flávio Grossi pediu à Justiça a exumação do corpo de uma mulher que teria sido a primeira vítima fatal dessa intoxicação. Maria Augusta de Campos Cordeiro, de 60 anos, morreu no dia 28 de dezembro, antes da divulgação de um laudo da Polícia Civil que encontrou o dietilenoglicol e o monoetilenoglicol em amostras da cerveja Belorizontina.
Número de casos
A Secretaria de Estado de Saúde confirma a notificação de 21 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol, uma substância tóxica encontrada em diversos lotes de cervejas da cervejaria Backer, de Belo Horizonte. Desses, 19 pessoas são homens e duas, mulheres. Até o momento, análises de laboratório confirmaram quatro casos, dentre eles um evoluiu para óbito.
Os outros 17 casos estão sob investigação das autoridades, incluindo três mortes, de pacientes que apresentaram sinais e sintomas de intoxicação.