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Polícia conclui inquérito e não indicia professor por abusos

Pais de crianças de 3 e 4 anos denunciaram o auxiliar de professor por supostos abusos sexuais praticados em um colégio particular de BH

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Regiane Moreira, da Record TV Minas

Estudante de educação física negou todos os crimes
Estudante de educação física negou todos os crimes Estudante de educação física negou todos os crimes

A Polícia Civil concluiu o inquérito e decidiu não indiciar o auxiliar de professor apontado como autor de supostos abusos sexuais contra alunos de um colégio particular de Belo Horizonte. De acordo com informações da investigação, divulgadas nesta quinta-feira (17), não há elementos para comprovar os crimes.

A investigação foi aberta após uma mãe procurar a polícia afirmando que suspeitava que o filho, de três anos, estaria sendo vítimas de abuso sexual no Colégio Magnum, que fica no bairro Nova Floresta, na região Nordeste de Belo Horizonte.

A mulher relatou que a criança passou a apresentar comportamento incomum, como querer beijar a boca dela – ato que não seria hábito na casa da família. Ao perguntar o garoto quem teria o ensinado a beijar daquela forma, o menino teria dito o nome do auxiliar de professor, Hudson Nunes, de 22 anos, que é estudante de educação física.

Após a divulgação do caso na imprensa, outras seis famílias também prestaram depoimento suspeitando que os filhos também teriam sido vítimas de Nunes. Em um dos boletins de ocorrência, um pai afirmou que ouviu durante reunião na escola que uma das crianças disseram que o filho dele teria tido as partes íntimas tocadas, no banheiro do colégio.

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Delegadas detalharam processo de investigação
Delegadas detalharam processo de investigação Delegadas detalharam processo de investigação

Durante coletiva com a imprensa, na manhã desta quinta-feira, a delegada Renata Ribeiro, explicou que o modo como os pais perguntaram aos filhos se eles teriam passado por alguma situação de assédio na escola foi baseando em perguntas diretas. Assim, não teria havido um relato espontâneo por parte das crianças.

— As alterações de comportamento podem ser causadas por ansiedade por causa de outra situação em casa.

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Apesar da investigação concluir que não há indícios dos abusos, Renata Ribeiro destacou que as famílias agiram corretamente ao procurar as autoridades policiais para relatar o caso.

— Somente a polícia pode analisar todo o contexto.

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Investigação

Ao todo, as equipes ouviram 41 pessoas, entre crianças, familiares, representantes da escola e o suspeito do crime. No dia 10 de outubro, a polícia esteve na casa de dois cômodos onde Nunes mora e um celular foi apreendido.

Segundo a delegada Helenice Cristine Batista Ferreira, as supostas vítimas passaram por exames de corpo de delito, que não acusaram estupro. Além disso, as crianças foram ouvidas por psicólogos e psiquiátras da perícia, que não conseguiram atestar a veracidade dos relatos.

Para concluir que não há provas dos crimes, os investigadores se basearam nos laudos, em mais de 30 horas de vídeos de câmeras de monitoramento, levantamento do histórico de vida do suspeito e relatos de especialistas.

Afastamento

Após o início das investigações, o Colégio Magnum anunciou que adotou uma série de medidas para evitar novos problemas como os relatados pelas famílias. O auxiliar de professor Hudson Nunes foi afastado das atividades.

Em conversa com o R7, nesta quinta-feira, Fabiano Lopes, advogado que defende Nunes, afirmou que o cliente se reuniu com a direção da escola, nesta quarta-feira (16), e foi convidado a voltar a dar aulas na instituição. Segundo o advogado, o jovem ainda não se decidiu. 

Em nota, o colégio elogiou o trabalho investigativo da Polícia Civil e destacou que deixou à disposição de Hudson Nunes o seu retorno à instituição.

Apoio

Pais e alunos fizeram ato em apoio ao professor
Pais e alunos fizeram ato em apoio ao professor Pais e alunos fizeram ato em apoio ao professor

Na última sexta-feira (11), pais e alunos do Colégio Magnum fizeram um ato em frente à escola para apoiar a instituição e o auxiliar de professor até então apontado como suspeito dos casos.

O grupo colou balões e cartazes no muro e no portão do colégio. Hudson Nunes esteve no local e foi recebido com abraços. No dia, o estudante de educação física voltou a negar os crimes

Veja a íntegra do colégio:

"Hoje, a sociedade avança com a confiança na Justiça, fruto do trabalho criterioso, detalhado e ético de toda a equipe de Policiais Civis da Delegacia Especializada de Proteção da Criança e do Adolescente.

Certos de que Deus está conosco no caminho da verdade, todas as provas colhidas na investigação evidenciaram que nenhuma das alegações ocorria em nossa escola. Demonstração disso é que nossos protocolos de segurança foram cruciais para o esclarecimento do caso.

A apuração da Polícia Civil concluiu que não há elementos para indiciar nenhuma pessoa da escola. Mais do que isso, representantes do órgão destacaram que a vítima inicial e as demais que surgiram no desenrolar da investigação não sofreram abuso sexual pelo investigado e nem por qualquer outro professor ou integrante da escola.

Inicialmente, decidimos pelo afastamento do colaborador supostamente envolvido, com o duplo objetivo de resguardar a integridade da família e do colaborador e de permitir que o inquérito pudesse tramitar de forma isenta. Cumprimos nosso papel perante a sociedade, as famílias, nossos educadores e as autoridades competentes. Estando a investigação concluída, permanece o compromisso já firmado com o colaborador afastado de manter sua vaga garantida tão logo ele queira e possa retomar suas atividades.

Agradecemos às inúmeras manifestações de apoio recebidas pelas famílias, por educadores, alunos, ex-alunos e de todos aqueles que confiam em nossa instituição.

Permanecemos com o compromisso que pautou nossos 25 anos de sólida trajetória, conduzidos com o foco no ensino, na formação e na espiritualidade cristã."

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