Professoras e professores do setor privado de ensino em Minas Gerais decidiram, em assembleia na noite dessa terça-feira (24), entrar em greve. De acordo com o sindicato da categoria, cerca de 2.000 profissionais da educação compareceram ao hall da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e mais de 60 escolas estiveram representadas por professores na reunião.
Ainda de acordo com o sindicato, a paralisação, que começa nesta quarta-feira (25), se deve à "postura intransigente" dos donos das escolas.
Alguns fatores que provocaram a paralisação são: "perda do adicional por tempo de serviço, perda das bolsas de estudos para professores e dependentes, perda do intervalo (recreio) dos/as professores/as, retirada da cláusula de atestado médico (ou seja, professor não pode adoecer), retirada da representatividade do sindicato (legítimo representante da categoria, conforme apregoa a Constituição da República), retirada da estabilidade do professor aposentando, perda significativa do adicional extraclasse (uma vez que propõem que o professor trabalhe 10% a mais sem remuneração devida), reajuste de 1%, abaixo da inflação - sendo que as mensalidades escolares reajustarem em média de 8 a 10%."
Alunos, representantes de grêmios estudantis, pais e mães de alunos e representantes de outros sindicatos também estiveram no ato em apoio à paralisação.
Nesta quarta-feira (25), às 10h, a categoria vai apresentar uma aula pública sobre as suas reivindicações e a contraproposta afrontosa à dignidade dos/as professores/as que os donos de escolas insistem em enfiar goela abaixo dos/as docentes.
Na quinta-feira (26), também às 10h, está marcada uma audiência de mediação que reunirá os dois sindicatos, dos professores e dos donos de escolas, no TRT (Tribunal Regional do Trabalho), e às 16h será realizada nova assembleia no hall da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para avaliar a reunião no TRT e definir os rumos do movimento grevista.
* Estagiário do R7, com supervisão de Raphael Hakime