Minas Gerais Projeto que proíbe tatuagens em animais será votado em BH

Projeto que proíbe tatuagens em animais será votado em BH

Caso aprovado, donos de animais e de estúdios de tatuagem poderão ser multados e o alvará do local pode ser cassado

Prática poderá ser proibida em BH

Prática poderá ser proibida em BH

Reprodução/ Found Shit

Um projeto de lei, que está na pauta de votação da Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte nesta segunda-feira (18), pretende proibir a aplicação de piercings e realização de tatuagens em animais, para fins estéticos. 

Os autores do projeto são a vereadora Duda Salabert e o vereador Miltinho CGE, ambos do PDT.  De acordo com eles, essa "moda" começou nos Estados Unidos e chegou ao Brasil e que, embora tatuadores defendam que a prática não causa danos aos animais domésticos, domesticados ou silvestres, veterinários têm opinião contrária. 

"Além da dor, os animais tatuados são expostos a outras complicações, como reações alérgicas à tinta e ao material utilizado no procedimento, infecções, cicatrizes, queimaduras e irritações crônicas", diz a justificativa ao projeto. 

Uma resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária proíbe intervenções estéticas muitilantes em pequenos animais. 

"São proibidas cirurgias desnecessárias, sem indicação clínica. Por analogia, ainda que
a tatuagem e o piercing possam não ser vistos como uma intervenção cirúrgica, são
procedimentos exclusivamente estéticos, não agregando nenhum bem estar à saúde
animal, efetivamente configura maus tratos"
, diz trecho da justificativa.

Projeto

Caso aprovado, o Projeto de Lei 151/2021 proibirá a realização de tatuagens e piercings com fins estéticos e estabelece punição em caso de descumprimento, como advertência, multa e até a suspensão do alvará do local que realizar a intervenção estética. A punição poderá ser aplicada tanto contra o tutor do animal como ao dono do estabelecimento. 

No caso de multas, cujo valor terá que ser regulamentado pela Prefeitura de Belo Horizonte em até 90 dias após a aprovação da lei, o valor arrecadado será revertido para o Hospital Público Veterinário da capital mineira. 

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