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TJ manda prender dois médicos do caso Pavesi e mantém condenações de outros réus

Decisões são respostas a recursos que os condenados no caso apresentaram; crime ocorreu em 2000, em Poços de Caldas (MG)

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7

Paulo Pavesi morreu em abril de 2000

O TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais) determinou, nesta terça-feira (16), a prisão de dois médicos condenados por envolvimento na morte do menino Paulo Veronesi Pavesi, aos 10 anos, na cidade de Poços de Caldas, a 461 km de Belo Horizonte.

A decisão é da 1ª Câmara Criminal. O mandado de prisão é contra os médicos José Luiz Gomes da Silva e José Luiz Bonfitto. A condenação deles já havia sido decretada em janeiro de 2021, mas ambos respondiam em liberdade. A pena era de 25 anos e 10 meses de prisão, em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e majorado por ter sido praticado contra um menor de 14 anos.

Durante o julgamento, os desembargadores também analisaram outros dois recursos. Um deles era da defesa do médico Álvaro Ianhez, que está preso desde 2023.

Os advogados questionaram a pena de 21 anos e oito meses em regime fechado por homicídio qualificado por motivo torpe e majorado pela prática contra pessoa menor de 14 anos, mas o questionamento foi negado.

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Ianhez, segundo a denúncia, foi um dos médicos responsáveis por atestar antecipadamente a morte cerebral da criança, com o objetivo de repassar os órgãos dela a outros pacientes.

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Em outro recurso, o TJMG manteve a condenação dos médicos Sérgio Poli Gaspar, Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes a 14 anos, 18 anos e 17 anos de prisão, respectivamente, além do pagamento de multa. Os três ainda podem responder em liberdade.

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“Eles respondem pelo crime de remoção de tecidos, órgãos ou partes do corpo, em desacordo com as disposições da Lei n.º 9.434/97, praticado em pessoa viva com resultado morte”, informou o TJMG.

A reportagem tenta contato com a defesa de todos os réus.

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O crime

Paulo Pavesi foi levado para o hospital em abril de 2000, após cair de uma altura de 10 metros enquanto brincava com amigos no condomínio onde morava com a família, em Poços de Caldas. O garoto, então com 10 anos, chegou a ser socorrido, mas os médicos atestaram a morte cerebral.

O MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), no entanto, concluiu que a morte dele foi provocada pela falta de atendimento adequado. O órgão ainda denunciou médicos por facilitarem o óbito com o intuito de destinar os órgãos da criança para doação. O caso ficou conhecido como a Máfia dos Órgãos. Na época, os médicos negaram as acusações.

O Caso Pavesi foi tema do Doc Investigação desta segunda-feira (15). Assista ao programa:


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