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Vale identificou 122 anomalias em barragem de Brumadinho em 4 anos

Registros vão de localização de formigueiro no terreno a erosões na estrutura; notificações não explicam causas do rompimento do reservatório

Minas Gerais|Enzo Menezes com Vinícius Rangel, da Record TV Minas

Estrutura ruiu em 25 de janeiro de 2019
Estrutura ruiu em 25 de janeiro de 2019 Estrutura ruiu em 25 de janeiro de 2019

Um relatório interno da Vale aponta que técnicos da empresa identificaram ao menos 122 anomalias na barragem B1, que ficava na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, entre os dias 01 de maio de 2015 a 31 de janeiro de 2019.

O jornalismo da Record TV Minas teve acesso, com exclusividade, ao documento chamado de "relatório de anomalias". Na planilha, funcionários relatam problemas encontrados no dia a dia do reservatório de contenção, salvam fotos e indicam quais ações corretoras foram adotadas.

Os registros são os mais variados: vão desde a localização de formigueiros a erosões e assoreamento. O texto mostra que a maioria dos problemas foram resolvidos até 31 de janeiro de 2019, data em que o relatório foi produzido.

O rompimento da estrutura deixou 270 mortos e desaparecidos. Onze pessoas ainda não foram encontradas a quase um ano do colapso. Na última semana, a Polícia Federal informou que o segundo inquérito sobre o caso deve ficar pronto em junho.

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A primeira investigação, concluída em setembro passado, terminou com o indiciamento de sete funcionários da Vale e outros seis da empresa de consultoria alemã Tüv Süd por falsidade ideológica e uso de documentos falsos. As duas companhias também foram indiciadas.

Um dos focos dos peritos no momento é descobrir o que provocou a liquefação - fenômeno em que um material sólido passa a se comportar como líquido. Um relatório de uma auditoria independente contratada pela Vale indicou o processo como causa da tragédia.

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A reportagem procurou a Vale para comentar a planilha de anomalias, mas ainda não teve retorno.

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