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As vacinas são efetivas contra a Ômicron?

A variante chegou no continente menos vacinado, se espalha rapidamente e leva a uma revisão nas formas de combate à doença

MonitoR7|Do R7

A variante Ômicron, que foi descoberta na África do Sul em novembro passado, mas nas próximas semanas pode se tornar a forma dominante de Covid-19 em boa parte do mundo. Os países se preparam para enfrentar a rápida disseminação dessa versão da doença, mesmo sem saber muito sobre ela.

A principal questão é saber se as armas de que o mundo dispõe contra a Covid-19, as vacinas, tem a mesma eficácia contra essa variante que a registrada em relação às formas anteriores do vírus Sars-Cov-2.

Pela velocidade com que a Ômicron está se espalhando pelo planeta, vamos descobrir isso não apenas pelos estudos, mas também pelos dados práticos sobre os efeitos da doença em países que tem mais e menos vacinados, num mundo em que a distribuição das vacinas é muito desigual.

Pesquisadores da Universidade de Oxford publicaram um estudo na última segunda-feira(13), que apontou níveis mais baixos de anticorpos neutralizantes contra a variante Ômicron em pessoas que tomaram duas doses das vacinas Pfizer e AstraZeneca. O estudo ainda não foi revisado por outros cientistas.

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A Pfizer e a BioNTech, sua parceira no desenvolvimento da vacina, anunciaram o mesmo resultado num estudo próprio. Mas as empresas destacaram que uma terceira dose da sua vacina aumenta esses anticorpos em 25 vezes.

Uma das autores do estudo de Oxford, citado acima, Teresa Lambe, afirma que "a vacinação induz muitas partes do nosso sistema imunológico". E que os dados de eficácia no mundo real indicam que "a melhor maneira de nos proteger nesta pandemia é com vacinação".

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Os países que vem sendo afetados de forma mais rápida pela nova variante, apostam nessa estratégia. O Reino Unido reforçou sua campanha para administrar doses de reforço da vacina. Segundo a assessoria do primeiro-ministro, Boris Johnson, "a eficácia da vacina contra infecções assintomáticas é substancialmente reduzida contra a Ômicron com apenas duas doses, mas uma terceira dose aumenta a proteção em mais de 70%".

A vacinação, sozinha, não garante segurança. Por isso, a estratégia de combate tem aliado o uso de outras armas já conhecidas no combate à doença, além das vacinas: uso de máscaras, distanciamento social e higienização constante das mãos.

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Portugal, um dos países mais vacinados do mundo, está retomando medidas de controle que tinham sido suspensas. A ministra da Saúde daquele país, Marta Temido, resumiu a estratégia: “mais uso de máscara, mais testes, mais vacinação, mais controle de fronteiras. Todos temos de estar preparados para fazer mais”.

Portugal vai implantar um "período de contenção" entre 2 e 9 de janeiro, com escolas, bares e clubes noturnos fechados e home office obrigatório para todas as atividades não essenciais.

No Brasil, especialistas defendem o recurso a estas mesmas ferramentas. A imunologista Isabella Ballalai, da Sociedade Brasileira de Imunizações, afirmou que, apesar de apenas duas doses no serem completamente eficientes contra a Ômicron, três doses já conseguem neutralizar a variante.

O imunologista Fábio Fernandes Morato Castro, da USP, afirma que, a princípio, a variante parece provocar efeitos menos graves à saúde do que as anteriores. Mas ele consira que isso se deve ao fato dela ter surgido em um momento no qual já temos muita gente vacinada e utilizando máscaras. O que demonstra a importância destes cuidados.

Castro lembrou ainda que a variante chega junto com novas opções para o tratamento da doença, como remédios em fase final de desenvolvimento e testes, já com bons resultados. O novo medicamento oral da Pfizer, por exemplo, protege contra casos graves e mortes do coronavírus original, com uma efetividade de 86%. É esperado que ele também funcione contra a nova variante.

Mas essa é outra questão que ainda aguarda confirmação científica e prática. Um estudo da Universidade de Washington, em parceria com a empresa Humabs Biomed, ainda não publicado e não revisado por outros cientistas, testou a eficácia de alguns remédios em pacientes infectados com a Ômicron. Os medicamentos da GSK e da Vir Biontech apresentaram queda na proteção e o Regeneron, da Eli Lilly(aprovado para uso no Brasil) perdeu o seu poder neutralizante.

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