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Como e quando ter acesso a testes de Covid-19?

A difícil vida de quem está com sintomas da doença e ainda tem que se desdobrar para confirmar a suspeita com um teste

MonitoR7|Do R7

Fila em posto de testagem de Covid-19, no Rio de Janeiro, no começo do mês
Fila em posto de testagem de Covid-19, no Rio de Janeiro, no começo do mês Fila em posto de testagem de Covid-19, no Rio de Janeiro, no começo do mês

Na semana de 10 a 16 de janeiro, o Brasil bateu recorde no número de testes de Covid-19 em farmácias. Segundo a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), foram 558 mil exames neste período. O maior número desde o início da pandemia.

O dado é uma consequência natural do grande número de casos da doença desde a chegada da variante Ômicron ao Brasil, em dezembro passado. Na rede pública de saúde, o crescimento na procura por testes se traduz em grandes filas. Nos laboratórios e farmácias, em demora para conseguir agendar os testes e no medo de falta de insumos. Mesmo quando o procedimento é pago pelo consumidor.

No site Reclame Aqui, que recebe denúncias de casos de mau atendimento a consumidores, o número de reclamações de dificuldades para conseguir fazer o teste em farmácias e laboratórios nos primeiros 15 dias de janeiro (2.113) já se aproxima do registrado durante todo o ano passado (2.496). 

Para você que está com sintomas ou tem alguém próximo com suspeita da doença, nós preparamos uma série de orientações sobre como ter acesso aos testes, em várias situações. E para que você saiba quais são os seus direitos em cada um desses casos.

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Rede pública

Se você não tem plano de saúde (particular ou da empresa em que trabalha) e também não tem dinheiro para pagar um teste, as unidades de saúde da rede pública têm oferecido testes de Covid-19 gratuitamente.

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Os postos de saúde são orientados a fazer testes de antígeno de Covid-19 em pacientes que tenham pelo menos dois sintomas. Se o resultado for negativo, a unidade deverá fazer o teste rápido para o vírus influenza, causador da gripe. Caso o teste de antígeno para Covid-19 seja positivo, a unidade de saúde deverá realizar a coleta do exame RT-PCR, para confirmação.

Planos de saúde

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A novidade para quem tem planos de saúde é que, desde a última quinta-feira (20), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determinou que os planos incluam a cobertura para os testes rápidos de Covid-19. Mas a determinação só vale para testes rápidos, de antígeno, feitos em laboratório. A decisão não vale para testes rápidos de farmácia.

O teste deve ter pedido médico e vale para pacientes sintomáticos, entre o primeiro e o sétimo dia desde o início dos sintomas. Todos os pacientes com síndrome gripal (SG) ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) terão direito a fazer o exame, coberto pelas operadoras de planos de saúde.

Para que se considere que o paciente tem SRAG, ele deve apresentar ao menos dois sintomas como febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios no olfato e paladar. Já a síndrome respiratória grave se caracteriza pelos mesmos sinais, acrescidos de desconforto ao respirar, pressão no tórax, saturação de oxigênio abaixo de 95% ou coloração azulada em lábios e rosto.

No entanto, a medida não cobre testes em crianças com menos de 2 anos, e pessoas que tenham tido contato com alguém contaminado mas estejam assintomáticas e aquelas que tiveram teste positivo nos últimos 30 dias não serão beneficiadas. Se a pessoa precisa do teste para voltar a trabalhar, o plano de saúde também não precisa cobrir o teste. Neste caso, cabe à empresa arcar com o custo do procedimento.

Desde o dia 1º de abril de 2021, planos de saúde de todo o país já estavam obrigados a autorizar imediatamente a realização do exame RT-PCR, considerado o "padrão ouro" para o diagnóstico da Covid-19.

Particular

Se você tem pressa e pode pagar, a opção está em procurar laboratórios e farmácias por conta própria. Mas nem o dinheiro na mão tem garantido atendimento, em razão do crescimento na procura por testes. 

Em mais da metade dos laboratórios privados do estado de São Paulo só há testes suficientes para sete dias — ou menos. Isso é o que revelou uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp). A pesquisa ouviu 111 laboratórios privados entre os dias 10 e 14 de janeiro.

Com muita procura e falta de insumos, os preços dispararam. Então, se quiser bancar o próprio teste, prepare a carteira. Desde o último dia 14, o Procon-SP já fiscalizou 267 farmácias e laboratórios. Os exames de PCR podem ser encontrados em São Paulo por preços entre R$ 175,00 e R$ 450,00.

Já no Rio de Janeiro a operação também registrou alta variação no preço dos testes rápidos. Durante a ação, realizada na quarta-feira (19), os fiscais identificaram aumento de até 108% no teste de detecção de Covid em um laboratório drive-thru localizado no Shopping Downtown.

O teste PCR, que antes custava R$ 230,00, a partir de 15 de janeiro passou para R$ 480,00. Já o teste nasal, de R$ 150,00 aumentou para R$ 220,00. Se os estabelecimentos não conseguirem justificar a variação de preço nos testes, eles podem sofrer sanções e ser punidos de acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Autoteste

Outra opção para confirmar se você está contaminado ou não pelo Sars-CoV-2 são os autotestes. Trata-se de testes rápidos que a própria pessoa pode fazer, em qualquer lugar. A autotestagem é uma metodologia comum na medicina, como a medição de glicose no sangue em pacientes com diabetes ou testes de HIV e de gravidez.

No caso do coronavírus, o paciente que decidir comprar o kit realiza a coleta por meio da secreção do nariz ou da boca com um cotonete. Na sequência, a haste é introduzida em um processo químico e colocada para a testagem. O resultado está disponível em cerca de meia hora, indicando tanto o resultado positivo quanto negativo para a presença do vírus.

Nos Estados Unidos e em países da Europa, como Reino Unido, Portugal e Itália, a autorização para os autotestes é usada como política pública de saúde. Quanto mais cedo a pessoa sabe que está contaminada, mais rapidamente ela pode se isolar (reduzindo a possibilidade de transmissão) e se tratar.

Para ser liberado o uso de autotestes no Brasil, falta a autorização da Anvisa. Na quarta-feira passada (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou a avaliar o pedido do Ministério da Saúde para liberação dos autotestes no país. A Diretoria Colegiada da agência decidiu solicitar mais informações ao ministério, adiando a decisão. 

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