Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Crianças têm mais chance de morrer pela vacina do que pelo vírus?

Afirmação de cientista que já foi ligado a um dos maiores laboratórios farmacêuticos do mundo gera polêmica

MonitoR7|Do R7

Extraído da internet
Extraído da internet Extraído da internet

A informação de um site tem sido postada em várias redes sociais, com uma informação assustadora. Segundo o título da publicação, as crianças têm 50 vezes mais chances de morrer por efeitos adversos da vacina de Covid-19 do que pela contaminação pelo vírus.

O dado se baseia em entrevista com Michael Yeadon, ex-vice presidente da empresa farmacêutica Pfizer, desenvolvedora de uma das mais usadas vacinas contra Covid-19 em todo o mundo. A entrevista do ex-executivo foi em junho passado, para a Real America´s Voice, uma rede independente de notícias dos Estados Unidos.

Além de ter sido dirigente da gigante farmacêutica até 2011, Michael Yeadon é um cientista. Foi chefe da pesquisa em Alergia e Biologia Respiratória da Pfizer durante 16 anos. Por essas credenciais e por uma série de manifestações com críticas às vacinas de Covid-19, em redes sociais e entrevistas, ele se tornou uma das pessoas mais citadas por quem é contrário à vacinação.

Em fevereiro passado, um artigo baseado em declarações de Yeadon se transformou na publicação com o título: "Chefe de Pesquisa na Pfizer: vacina de Covid é esterilização feminina", que foi compartilhada milhares de vezes no Facebook.

Publicidade

A agência de notícias Reuters fez um levantamento das publicações de Michael Yeadon nos últimos anos, no Twitter, rede social em que ele é mais ativo. E descobriu que nem sempre ele teve posição crítica à vacina. Em março do ano passado, ele escreveu que "uma vacina pode chegar no final de 2021, se tivermos muita sorte". Nenhum dos seus colegas de ofício sabe explicar o que levou a uma mudança tão grande de pensamento.

Em relação à afirmação que ele teria feito sobre a vacinação de crianças, no entanto, não se sabe de onde ele tirou esse dado. Não há nenhuma pesquisa conhecida que traga essa informação. Os laboratórios que desenvolveram as vacinas mais conhecidas contra Covid-19 estão ainda fazendo pesquisas sobre os efeitos de seus produtos em crianças. Mas até agora não há registro de mortes ligadas à aplicação das vacinas.

Publicidade

A Pfizer já tem testes na Fase 2 para crianças de 5 a 11 anos e os testes para crianças de seis meses a 5 anos estão na Fase 1. A Moderna anunciou testes nos Estados Unidos e Canadá para a faixa de seis meses a 11 anos; e para a faixa de 12 a 17 anos no Reino Unido e Espanha. A Oxford/AstraZeneca chegou a iniciar testes com crianças e adolescentes no Reino Unido, mas o estudo foi suspenso depois de casos de coágulos em adultos.

A Sinovac, fabricante da Coronavac(que no Brasil é produzida pelo Instituto Butantan), foi a primeira a divulgar resultados de testes das Fases 1 e 2, na China, com crianças e adolescentes, na faixa de 3 a 17 anos. Os resultados foram divulgados em junho, na respeitada revista científica "The Lancet".

Publicidade

Nos testes da Fase 2, com a dosagem mais alta de vacina, 100% dos vacinados apresentaram anticorpos no sangue 28 dias após a segunda dose. Um indíce superior ao registrado na população adulta. Os testes da Fase 3 ainda estão em andamento, com o uso da dose mais alta, que apresentou melhores resultados.

Independentemente das pesquisas, no entanto, as agências de saúde de vários países já tem autorizado a vacinação em menores de 18 anos, porque, para os cientistas, essa é uma condição essencial para atingirmos um nível de vacinação na população em geral que garanta segurança contra o coronavírus. Quanto menos crianças forem vacinadas, mais adultos terão que receber a vacina, para garantir um nível de imunidade seguro.

Nos Estados Unidos, crianças e adolescentes com mais de 12 anos começaram a ser vacinados em maio passado. E especialistas tem recomendado que o processo seja acelerado, porque no último dia 08, domingo, o país atingiu o maior número de crianças internadas em hospitais com Covid-19: 1.450.

A Associação Americana de Pediatria publicou que, nos Estados Unidos, 14,3% dos casos confirmados da doença eram diagnosticados em crianças. O mesmo relatório afirma que as mortes desse grupo representam 0,26% do total no país.

Além da FDA(Food and Drug Administration) e da EMA(Agência Europeia de Medicamentos), países como Canadá, Israel, Chile, Japão e Emirados Árabes Unidos foram favoráveis à vacinação de maiores de 12 anos.

No Brasil, a Anvisa(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou em junho a extensão do uso no país da vacina da Pfizer em crianças e adolescentes acima de 12 anos. O laboratório começou a testagem para essa faixa etária em março passado. São Luís, no Maranhão, foi a primeira capital brasileira a iniciar a vacinação dessa faixa etária, em julho. São Paulo planeja começar a vacinar adolescentes a partir de 16 anos no próximo dia 18.

Extraído da internet
Extraído da internet Extraído da internet

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.