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Vacinas injetam toxina e máscaras causam câncer?

Mensagem diz que as vacinas são tóxicas e máscaras causam baixa oxigenação no sangue, que leva ao câncer

MonitoR7|Do R7

Ilustração SARS COV-2
Ilustração SARS COV-2 Ilustração SARS COV-2

Uma mensagem viral em grupos de aplicativos afirma que estão escondendo o mal da baixa oxigenação, causada pela máscara e também a toxina spike das vacinas. O texto ainda traz a afirmação de que o médico alemão Otto Heinrich Warburg, ganhador do prêmio Nobel de 1931, assegurou que a baixa oxigenação do sangue é a causa do câncer. A mensagem figurou em diversos grupos antivacinas.

Primeiro, é necessário separar a informação em partes. Para esclarecer a questão das máscaras, é necessário apontar que não há nenhum registro de que Otto Warburg tenha dito isto. Especialistas na obra do autor afirmam que não há essa afirmação em nenhuma publicação assinada por Warburg e a informação não é compatível com a teoria do médico alemão.

De qualquer maneira, o MonitoR7 consultou o presidente do setor de Oncologia da Rede D'Or São Luiz, Dr. Paulo Hoff, para checar a veracidade da afirmação. Ele assegura que "não há evidências científicas" que apontem que o uso de máscaras causem câncer.

A respiração prejudicada nas células, ou mais especificamente nas mitocôndrias, é uma das possíveis causas do câncer, mas isso é totalmente diferente de uma eventual falta de oxigênio na nossa respiração do ar.

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Aliás, não há evidências também de que a oxigenação pelo processo respiratório seja prejudicada com o uso das máscaras em indivíduos saudáveis, a ponto de prejudicar a saúde. O que pode acontecer é a captação de oxigênio exigir mais esforços respiratórios(ao correr ou subir escadas). Mas isso é diferente de provocar falta de oxigênio nos pulmões e, mais ainda, de sufocar as células por falta de oxigênio.

Paulo Hoff lembrou que cirurgiões, por exemplo, trabalham a vida toda usando máscaras por muitas horas do dia e, mesmo assim, não é possível verificar números anormais de casos de câncer entre estes profissionais, na comparação com a população em geral. 

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Já a "toxina spike" citada na mensagem viralizada faz referência, na verdade, à proteína spike. A Dra. Raquel Muarrek, toxicologista, explica que toda vacina contém ao menos um pedaço do vírus, justamente para mostrar ao nosso organismo que vírus é aquele, para que nossa defesa imunológica possa reagir a ele.

"Spike" é o nome em inglês dado àquelas pontas que podem ser vistas em qualquer ilustração do coronavírus. Como se fossem as pontas da "coroa"(corona). Em português podemos chamar de espículas.

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Elas servem como porta de entrada do coronavírus, ou seja, é através dela que o vírus é capaz de penetrar nosso organismo. A infectologista ainda afirma que elas não são indutoras de doenças, pois são apenas um componente do vírus, portanto, incapaz de reproduzi-lo e muito menos ser tóxico.

A especialista cita ainda um exame que está em estudo, que procura utilizar anticorpos neutralizantes da proteína spike, impedindo-o de entrar no organismo.

Em conclusão, ambas informações são falsas e sem qualquer base teórica.

Montagem sobre publicação de rede social
Montagem sobre publicação de rede social Montagem sobre publicação de rede social

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