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Seleção culpa calendário por falta de jogos contra europeus

Os próximos compromissos dos comandados de Tite já serão pelas eliminatórias da Copa, que terão início em março

Folha de Pernambuco|Do R7

Os próximos compromissos dos comandados de Tite já serão pelas eliminatórias da Copa, que terão início em março
Os próximos compromissos dos comandados de Tite já serão pelas eliminatórias da Copa, que terão início em março Os próximos compromissos dos comandados de Tite já serão pelas eliminatórias da Copa, que terão início em março

A República Tcheca, derrotada por 3x1 em amistoso realizado em março do ano passado, foi a única seleção da Europa enfrentada pelo Brasil desde a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Não há jogos contra times do continente programados para 2020, e o calendário apertado até o Mundial de 2022, no Qatar, sugere que haverá poucos confrontos desse tipo.

Os próximos compromissos dos comandados de Tite já serão pelas eliminatórias da Copa, que terão início em março. A disputa se estenderá até novembro de 2021. E há ainda mais uma Copa América agendada para junho e julho deste ano, com sede dividida entre Argentina e Colômbia. Ou seja, é bem provável que só exista a possibilidade de a equipe nacional ter novamente pela frente um europeu nos amistosos que tradicionalmente ocorrem às vésperas do Mundial –levando em conta que estará classificada.

Assim, o time brasileiro deverá ter seu menor número de jogos contra seleções da Europa em um ciclo pré-Copa desde a preparação para 1954. No caminho para a Suíça, o Brasil não encarou nenhum europeu. O mesmo havia ocorrido antes do Mundial de 1950, que o país sediou.

De lá para cá, houve ao menos seis equipes nacionais da Europa, ainda que não pertencentes à elite do futebol, enfrentadas nos quatro anos anteriores a uma Copa.

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Não que esses confrontos sejam garantia de sucesso. Antes de 1966, o Brasil mediu forças com 23 seleções do continente. Nos jogos que realmente importavam, na Inglaterra, na defesa do bicampeonato mundial, a equipe bateu a Bulgária, mas perdeu para Hungria e Portugal e foi eliminada na primeira fase.

Neste século, o número se manteve em dígitos duplos até 2018. Foram 14 na trajetória para 2002, 10 até 2016, 14 no ciclo pré-2010 e 19 antes de 2014. Na preparação para a Copa de 2018, foram oito duelos.

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Ao que tudo indica, uma marca de quase sete décadas será superada na rota rumo ao Qatar. Um dos motivos é o calendário apertado sul-americano, com 18 partidas de eliminatórias para cada equipe e duas edições da Copa América –repetida em 2020 para que haja uma adequação ao calendário europeu. Também atrapalha o calendário europeu, que tem eliminatórias da Eurocopa, a própria Eurocopa, eliminatórias da Copa e uma novidade, a Liga das Nações Europeias.

As oportunidades, até agora, foram limitadas. E a CBF tem fracassado nas tentativas de agendar embates contra seleções da Europa. Na janela reservada a duelos entre seleções de outubro, houve negociações com Dinamarca e Alemanha. A equipe de Tite acabou enfrentando os africanos Senegal e Nigéria.

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"Procuramos as seleções mais bem ranqueadas. Quando não há, é porque nós buscamos, mas o adversário não quer. A Alemanha propôs uma data, nós aceitamos. Ela propôs outra data, nós aceitamos. Mandou um terceiro dia, e então disseram que não queriam mais", afirmou o treinador.

Os alemães preferiram jogar contra a Argentina, empate em 2x2 em Dortmund, no dia 9 de outubro. No dia seguinte, o Brasil empatou em 1x1 com Senegal, em Singapura. "A gente está buscando os melhores e buscando diferentes escolas. Jogamos contra o Peru, que tinha sido nosso adversário na final da Copa América. Jogamos contra a Colômbia, que tinha sido eliminada da Copa América sem levar um gol", recordou Tite.

A dificuldade de marcar partidas contra os europeus já era sentida por Edu Gaspar, que trabalhou como coordenador técnico da equipe brasileira até o meio do ano passado. Na visão dele, além das questões do calendário, havia um temor geral de enfrentar o time pentacampeão mundial e perder moral, com uma eventual derrota antes de jogos oficiais.

Juninho Paulista substituiu Edu após a Copa América de 2019 e encontrou o mesmo problema. Sob sua gestão, o Brasil teve pela frente Colômbia, Peru, Senegal, Nigéria, Argentina e Coreia do Sul. "Está muito complicado jogar contra europeus por causa das eliminatórias da Euro e da Liga das Nações. Quando encontramos um adversário com data disponível, tem ainda a situação de esse adversário querer ou não jogar com o Brasil. A Dinamarca não quis", disse o coordenador.

O critério, segundo ele, tem sido o ranking da Fifa. O plano A, afirma o dirigente, é sempre enfrentar rivais colocados nas 20 primeiras posições. Não havendo disponibilidade, busca-se um time entre a 20ª e a 50ª posição. "E, excepcionalmente, acima do 50º lugar."

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Desde a chegada de Juninho, o Brasil enfrentou times da 8ª à 39ª posição. No período iniciado após a última Copa, porém, houve equipes mais frágeis no caminho, como El Salvador (72ª, no momento do duelo), Arábia Saudita (71ª), Camarões (51ª), Panamá (76ª), Qatar (55ª) e Honduras (61ª).

Em 2020 e 2021, não há previsão de encontro com qualquer time da Europa, pois a agenda está preenchida. A chance será em 2022, em que ao menos haverá um tempo maior no próprio ano da Copa. Para fugir do verão do Qatar, a Fifa marcou os jogos do Mundial de novembro a dezembro.

Adversários europeus da seleção brasileira:

Antes da Copa-2018

12.nov.14 - Turquia (46ª no ranking na época)

18.nov.14 - Áustria (29ª)

26.mar.15 - França (8ª)

14.nov.17 - Inglaterra (12ª)

23.mar.18 - Rússia (63ª)

27.mar.18 - Alemanha (1ª)

3.jun.18 - Croácia (18ª)

10.jun.18 - Áustria (26ª)

Antes da Copa-2022 (até o momento)

26.mar.19 - Rep. Tcheca (44ª)

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