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Parecer sobre Chiquinho Brazão será para manter prisão, diz relator

Lira e líderes querem votar em plenário ainda nesta terça, mas enfrentam dificuldades com baixo quórum

Blog da Farfan|Tainá Farfan e Tainá Farfan

Chiquinho Brazão está preso pela suspeita de ser mentor do assassinato de Marielle Franco
Chiquinho Brazão está preso pela suspeita de ser mentor do assassinato de Marielle Franco Chiquinho Brazão está preso pela suspeita de ser mentor do assassinato de Marielle Franco (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados - 13.9.2023)

O parecer do deputado Darci de Matos (PSD-SC) será pela manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), um dos suspeitos de ser o mentor do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Ao blog, o relator disse que apresentará o relatório na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados até meio-dia desta terça-feira (26).

A presidente da CCJ, Carolina de Toni (PL-SC), disse ao blog querer enviar a pauta ao plenário no mesmo dia, o mais rápido possível, e esperar “a colaboração dos deputados para discutir, votar e também que ninguém peça vista do parecer”.

A intenção da maior parte dos líderes e do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), é vencer o assunto no plenário da Casa também nesta terça, ou no mais tardar na quarta-feira (27). Porém, eles enfrentam dificuldades com o baixo quórum de deputados ausentes em semana de feriado.

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Deixar para a próxima semana também não seria uma boa opção, já que, com o fim da janela partidária no dia 5 de abril, a intenção de Lira é dar uma espécie de “recesso” aos parlamentares para que eles possam focar nos seus redutos eleitorais.

Resta, então, o esforço para vencer o assunto esta semana ou deixar rondando as discussões por mais duas semanas. Não é a intenção da cúpula.

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A prisão do deputado tem dominado os holofotes nos bastidores do Congresso. Durante esta manhã, líderes reúnem as bancadas para definir posição sobre o assunto. Lira também discutirá o assunto com líderes na reunião que acontece na hora do almoço, na residência oficial. 

A avaliação de deputados e líderes é que deve ser confirmada a prisão. Além da gravidade do caso, Brazão votou a favor de manter outras duas sanções contra deputados determinadas pela Suprema Corte. O histórico na Casa importa — e muito.

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Em 2021, ele votou para manter a prisão do bolsonarista Daniel Silveira, determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, e votou contra Wilson Santiago (Republicanos-PB), que foi afastado do mandato pelo então ministro Celso de Mello por suspeitas de superfaturamento em obras no estado.

A bancada do Rio ficou “atônita” e em silêncio. Parlamentares afirmam que não discutiram o assunto no grupo de WhatsApp. Nos bastidores, a parte mais à esquerda da bancada concorda com a punição. Já a parte historicamente mais próxima ao deputado preso desconfia da autoria do crime “por incompatibilidade de região e de votos com Marielle”.

A votação no plenário da Câmara será aberta, o que escancara as posições de cada parlamentar e pode ser ardiloso em ano eleitoral. Deputados contrários à prisão podem se ausentar da sessão.

Mas há os que, publicamente, defendem Brazão, como a filha de Eduardo Cunha, Dani Cunha (União-RJ), que, em um grupo do partido, se manifestou de forma contrária a expulsão do deputado da sigla, definida em reunião da executiva nacional do União, convocada de emergência para a noite de domingo (24), data da prisão.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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