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‘Só por teimosia’, Lira já tem cartas na manga para dar troco ao governo

Resposta de Lira a Lula após defesa de Padilha no cargo pode vir na derrubada dos vetos ao PL das Saidinhas e aos R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares na LOA

Blog da Farfan|Do R7

Arthur Lira tem se estranhado com Padilha (Lula Marques/Agência Brasil – 26.03.2024)

As trocas de farpas públicas entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, repercutiram a ponto de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ir a público bancar a permanência do ministro no cargo. Ele disse, nesta sexta-feira (12), que “só por teimosia, Padilha vai ficar muito tempo”. Também “só por teimosia” não é do feitio de Lira não dar o “troco”.

Com a repercussão do caso, após o presidente da Câmara ter chamado Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal”, Lira tem sido aconselhado a falar menos com a imprensa.

A resposta deve vir em pautas caras ao Palácio do Planalto, com a derrubada de vetos importantes, que já têm data marcada para serem analisados em sessão do Congresso Nacional, prevista para a próxima quinta-feira (18).

Um deles é o veto ao projeto de lei (PL) das Saidinhas, que acaba com as saídas temporárias de presos em feriados e datas comemorativas. Outro, é o veto aos R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão na LOA (Lei Orçamentária Anual).

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Lula sancionou, com veto, na quinta-feira (11), o PL das Saidinhas. Foi vetado o trecho que impedia a saída temporária para presos que querem visitar suas famílias. Com a decisão, ele também barrou o dispositivo que impedia os detentos do semiaberto de deixarem a cadeia para atividades que “concorram para o retorno ao convívio social”, pois os dois itens estavam interligados. A “saidinha” vale para detentos que já estão em regime semiaberto. No Congresso, a reação ao veto foi imediata e já começaram as articulações para a derrubada, que deve contar com o apoio de Lira.

O veto aos R$ 5,6 bilhões também enfrenta dificuldades de ser mantido – para o arrepio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O Planalto havia pedido aos parlamentares que aguardassem o resultado da arrecadação do primeiro bimestre para, só então, negociar o veto. O resultado saiu dia 22 de março e lideranças do governo já comunicaram parlamentares que o resultado permite negociar apenas parte do montante, que deve ser metade da cifra vetada. Parlamentares, especialmente de centro e direita, já sinalizaram nos bastidores que não vão aceitar uma negociação sobre o veto às emendas parlamentares prejudicial ao congresso. Lira tende a aproveitar o movimento e emplacar a derrubada.

A decisão final do “troco” de Lira deve acontecer apenas após reuniões com líderes, previstas para a próxima semana - e podem vir mais pautas que o governo não gostaria no pacote.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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