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PEC dos Precatórios é 'plano A' para Auxílio Brasil, afirma Guedes

Proposta reestrutura dívidas da União para abrir espaço no teto de gastos em 2022; ontem, Bolsonaro disse ter 'paraquedas reserva'

Blog do Nolasco|Do R7

Guedes aposta na PEC para viabilizar Auxílio Brasil
Guedes aposta na PEC para viabilizar Auxílio Brasil Guedes aposta na PEC para viabilizar Auxílio Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou neste domingo (31) em Roma, na Itália, que o governo trabalha com a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios como "plano A" para viabilizar o programa social Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família e promete pagar, no mínimo, R$ 400 a famílias de baixa renda.

"Nós estamos trabalhando com o plano A: a aprovação da PEC dos Precatórios. Ela é importante porque abre espaço fiscal para o programa de assistência social. Esse é o nosso plano, e nós acreditamos que o Congresso vai aprovar, exatamente porque permite o financiamento dos programas sociais do governo", afirmou a jornalistas durante agenda do G20.

A proposta, em andamento no Congresso, permite reestruturar o saldo de dívidas judiciais da União para abrir espaço no teto de gastos a partir de 2022.

Ontem, o presidente Jair Bolsonaro disse, também em Roma, que tem um "paraquedas reserva" para viabilizar o programa social que deverá pavimentar o caminho para a reeleição em 2022. A declaração foi feita num contexto de eventual fracasso da proposta no Congresso Nacional. "Eu sou paraquedista, tá? Sempre tem um paraquedas reserva comigo, mas sempre com muita responsabilidade”, disse.

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Guedes admitiu que o tema é delicado ao se referir ao mercado financeiro, que sofreu críticas do presidente. "Imagino que há uma preocupação do mercado a respeito exatamente dessa capacidade de coordenação política para a PEC dos Precatórios. Porque é exatamente a PEC dos Precatórios que nos dá o espaço para as políticas sociais", explicou.

Preocupação com o teto

O ministro da Economia explicou que o teto é "um símbolo de um duplo compromisso", mas enfatizou que o Brasil, mesmo com gastos maiores por causa da pandemia, vai respeitar o limite de gastos.

"Por um lado, não faltou dinheiro para saúde. O Brasil gastou 10% a mais do que a média dos países avançados para combater a pandemia. E gastou o dobro do que os países emergentes gastaram. Não obstante isso, o Brasil foi um dos países que menos se endividaram, exatamente porque nós, o tempo inteiro, tentamos, nas outras despesas, respeitar o teto e seguir com as nossas reformas estruturantes. Então, esse duplo compromisso, de um lado os programas sociais agora, como foi a doença ano passado, mas sempre respeitando o equilíbrio para as futuras gerações. O Brasil precisa pagar por suas guerras. Nós temos que pagar pela pandemia, em vez de empurrar isso para as gerações futuras", encerrou.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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